Análise: Atlético-MG tem vitória fundamental na Libertadores com novo domínio nas estatísticas
Análise: Atlético-MG tem vitória fundamental na Libertadores com novo domínio nas estatísticas
Galo consegue virada heróica para aumentar esperanças de classificação no torneio.
Por Fred Ribeiro — Belo Horizonte 24/05/2023 04h30 - Atualizado há 6 horas
A derrota
não significaria a eliminação matemática do Atlético-MG na Libertadores, mas a
vitória é fundamental em todos os aspectos para almejar a classificação e uma
“remontada” após dois tropeços seguidos. O Galo está vivo, e com
grande injeção de ânimo com cinco triunfos consecutivos.
O time de
Coudet voltou a ser dominante em campo, ainda que com alguns erros de passes
que não vinham acontecendo. A pressão pelo resultado, e até mesmo nervosismo
com o placar adverso, ajudam a explicar. Mas o Galo não achou a vitória por
acaso. A posse de bola esteve acima dos 70%. “Números não ganham jogos,
mas eles não mentem”, disse Coudet.
O gol da
virada de Paulinho, perto dos acréscimos, foi em cobrança de falta de Igor
Gomes. Batida fechada, no primeiro poste, e cabeçada do camisa 10. Um lance
parecido com as faltas executadas por Hyoran, que deu lugar a Gomes.
O primeiro
gol também saiu dos pés de Paulinho e Igor Gomes. O meia recebeu do atacante, e
tocou para Hulk, que fazia o pivô em cima de Pedro Henrique. A bola desviou no
zagueiro, e sobrou para Paulinho igualar.
No primeiro
tempo, um jogo muito truncado, sempre com o Atlético tendo a posse de bola, e o
Furacão na proposta de sair no contra-ataque, com pouco sucesso. Entretanto,
foi o rival paranaense que conseguiu abrir o placar. Jogada na qual Hulk tentou
um passe errado de calcanhar.
A bola foi
para Cristian, que venceu Jemerson na disputa por espaço e chutou perto de
Everson. O goleiro poderia ter espalmado para tirar o perigo. Tomou a decisão
mais arriscada, e Alex Santana aproveito o rebote na tentativa de
“amortecimento” do arqueiro do Galo.
Nesse
momento, a torcida teve papel fundamental. Passou a cantar mais alto,
incentivou o time, e buscou a virada da partida ao lado dos jogadores.
“Tem que tirar o chapéu”, disse o atacante Hulk, ao fim da partida,
sobre a festa na arquibancada com quase 40 mil atleticanos.
O Galo só
terá “cachorro grande” pela frente, e ainda define seu futuro na
Libertadores com dois jogos fora de casa. Viagens para o Peru e depois
Paraguai. Bate nos seis pontos, vive o melhor momento da temporada, mostra
encaixes no estilo de jogo de Coudet, e dá esperanças para alcançar as oitavas
de final da principal competição do seu apertado calendário.