Análise: Botafogo tem futebol divino maravilhoso e mostra desejo de ir à Libertadores
Análise: Botafogo tem futebol divino maravilhoso e mostra desejo de ir à Libertadores
Time é fatal ao vencer o Santos por 3 a 0 com gol logo aos 10 minutos do primeiro tempo e passeio de Lucas Fernandes; assim como nesta rodada, só depende de si para conquistar a vaga
Por Davi Barros — Rio de Janeiro 11/11/2022 04h00 Atualizado há 5 horas
A vitória
por 3 a 0 em cima do Santos não só colocou o time no G-8 a uma rodada do fim do
Brasileiro, mas também mostrou um time que quer – e é capaz de – se classificar
para a Libertadores de 2023. Comandados por Lucas Fernandes, que na noite
passada parecia ter vindo de um objeto não identificado, os jogadores
alvinegros até levaram um susto, mas se fosse fácil demais não seria Botafogo.
Os mais de
28 mil torcedores presentes no Nilton Santos não estavam cansados de ir ao
estádio em 2022, e não foram para dizer que não acreditavam mais no time. A
festa foi bonita do início ao fim. Claro que o gol de Lucas Fernandes logo aos
10 minutos de jogo ajudou bastante, até no emocional dos atletas, mas o ritmo
que o Botafogo imprimia era de dar gosto mesmo ao mais severo dos críticos.
Como Orlando Ribeiro, técnico do Santos, disse, o time ficou encurralado pela
boa marcação ofensiva do time carioca.
Mas, ainda na metade do primeiro tempo, o alvinegro parecia ter se esquecido do compromisso que aconteceu 10 minutos antes. O Santos gostou mais do jogo e a equipe paulista criou chances de perigo que só não foram em direção ao gol pela má pontaria nas poucas oportunidades que tiveram. O Botafogo sentiu a falta de Marçal e o lado esquerdo foi pouco utilizado, como era de costume quando o lateral é titular, tanto que Hugo deu bem menos passes que o companheiro de posição normalmente dá.
O Botafogo
esteve atento e forte durante boa parte do jogo que terminou com um placar e
futebol que podem ser considerados divino e maravilhoso. Ao todo, o time de
Luís Castro teve mais do que o triplo de finalizações do adversário (13 x 4),
mesmo com número menor de posse de bola. O time foi fatal.
O tímido e
espalhafatoso Lucas Fernandes (fora e dentro de campo), foi o grande nome da
partida. Ovacionado ao ser substituído na despedida da torcida carioca no Rio
de Janeiro, fez o melhor jogo com a camisa do Botafogo e mostrou credenciais
para ser comprado do Portimonense, de Portugal.
Ao longo da
temporada em casa, o Bota espalhou muito prazer e muita dor ao torcedor. No
Campeonato Brasileiro, foi mais o segundo sentimento do que o primeiro. Ainda
assim, se é o amor que faz o homem, foi ele mesmo que levou 28 mil pessoas para
o Nilton Santos torcer e ficar perto de dizer à classificação para a
Libertadores que não vem desde 2016: “Baby, há quanto tempo”.
Depois da
semifinal de quinta-feira, como Luís Castro definiu o jogo, o Botafogo parte
para a grande decisão da temporada. O próximo jogo será o último de uma
temporada de altos e baixos para a equipe, mas que pode terminar em grande
estilo e até mesmo com a classificação para a fase de grupos da principal
competição da América do Sul. O Bota volta a campo no domingo, às 16h (de
Brasília), quando enfrenta o Athletico-PR, na Arena da Baixada.