Análise: coletivo vai bem, mas Palmeiras sofre com detalhes individuais em início de Brasileirão

O Palmeiras fez uma partida correta contra o Flamengo, no domingo, no que diz respeito ao jogo coletivo. As ideias de Abel Ferreira foram bem executadas pelos jogadores e o Verdão não sofreu contra um ataque conhecido pelo seu grande poder. Nada disso, porém, foi suficiente para o time sair com a vitória do Allianz Parque.

Com muita força de marcação, o Palmeiras conseguiu anular as jogadas de perigo do time carioca. A pressão colocada na saída de bola do adversário e a aplicação tática na hora de marcar foram elogiáveis. Faltou, porém, algum elemento para surpreender.

E é nessa questão que o Verdão não tem conseguido se dar bem neste momento da temporada. Se no Campeonato Paulista o time contou com um Flaco López iluminado e um Endrick impecável, depois da conquista do torneio as individualidades não têm aparecido.

Contra o Flamengo, por exemplo, alguns jogadores ficaram sumidos, como Raphael Veiga, pouco participativo, e até mesmo Endrick, muito bem vigiado e que errou muitas tomadas de decisão, embora tenha tentado bastante.

Na defesa, Gustavo Gómez comprovou que não vive um grande momento. O zagueiro teve muitos problemas para marcar Bruno Henrique e pecou em passes simples. Em um deles, entregou a bola de graça para o Flamengo quase dentro da área.

A análise de Abel Ferreira para a falta dessa individualidade é o cansaço dos atletas, que vêm enfrentando com dificuldade a maratona de jogos. Na estreia do Brasileirão, diante do Vitória, fora de casa, ele poupou praticamente todo o time titular.

Neste momento da temporada, porém, o treinador terá dificuldades para poupar, já que praticamente todos os jogos têm um grau maior de importância. Na próxima quarta-feira, por exemplo, o time jogará contra o Independiente del Valle, às 21h30, depois de uma viagem de mais de seis horas até Quito, no Equador.

Depois, na segunda-feira (29) o adversário é o rival São Paulo, no Morumbis, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

– Muitas vezes a má forma dos nossos jogadores é responsabilidade minha – afirmou Abel Ferreira.

Não há muito tempo para ajustes, mas um alento para o torcedor é que o Palmeiras tem se acostumado a tirar surpresas da cartola para conseguir superar a falta de individualidades e retomar o caminho das vitórias.