Análise: Corinthians batalha em clássico, mas ainda é pouco para evitar sofrimento no Brasileirão

Análise: Corinthians batalha em clássico, mas ainda é pouco para evitar sofrimento no Brasileirão

Timão consegue igualar forças contra rival em estágio mais avançado, mostra carências e pontos positivos, mas terá de melhorar (muito) para não brigar na parte de baixo da tabela.


Por Emilio Botta — São Paulo

O empate por 2 a 2 contra o São Paulo pode ter distintas análises para o torcedor do Corinthians. O ponto conquistado é importante no cenário que se desenhava o clássico, com um time que saiu atrás no placar aos três minutos e que tinha inúmeros desfalques.

Por outro lado, quando se olha a tabela com apenas uma vitória depois de nove rodadas, o empate jogando como mandante tem um sabor amargo na perspectiva do panorama que se desenha a competição e em qual das brigas o Corinthians neste momento parece estar: a da parte de baixo da tabela contra o rebaixamento.

O Corinthians segue em situação ruim no Campeonato Brasileiro. Com sete pontos, o time tem apenas uma vitória, além de quatro empates e quatro derrotas. São apenas nove rodadas, mas praticamente um quarto da competição já foi disputado e cada ponto que se ganha ou deixa de somar é essencial para definir qual rumo será tomado.

Antes da abertura da janela de transferências, data tida como crucial para o Corinthians projetando a sequência da temporada com a possível chegada de reforços, serão seis jogos: Internacional (fora de casa), Athletico-PR (fora), Cuiabá (casa), Palmeiras (fora), Vitória (casa) e Cruzeiro (fora).

Altos e baixos

O primeiro tempo mostrou duas faces distintas do Corinthians. Foram dois minutos e meio de intensidade até o São Paulo abrir o placar com Lucas Moura. O gol mudou qualquer estratégia de pressão que os comandados de António Oliveira pudessem ter.

Defensivamente frágil, o Timão apresentou inúmeros problemas, principalmente com os jogadores que não vinham jogando com frequência. Caetano e Moscardo mostraram falta de ritmo que impactaram diretamente no poder de marcação.

Na frente, Yuri Alberto foi o jogador que mais brigou com e sem a bola. Em uma das suas roubadas, Gustavo Mosquito marcou o gol de empate por 2 a 2.

Antes disso, Igor Coronado mostrou categoria ao marcar belo gol em chute de fora da área. Pouco tempo depois, em nova pane defensiva, o Corinthians viu o São Paulo marcar o segundo gol em disputa de Cacá com Luciano.

O placar movimentado, com quatro gols no primeiro tempo, evidenciou falhas defensivas do Corinthians e um time que soube jogar mesmo diante de desfalques, de ter saído atrás no placar duas vezes e da pressão pelo mau início no Brasileirão.

 

Equilíbrio e controle maior

António Oliveira identificou um dos problemas mais evidentes do Corinthians no primeiro tempo. Na volta do intervalo, o treinador tirou Gabriel Moscardo para a entrada de Breno Bidon pensando em um reequilíbrio do meio de campo.

A mudança fez o Corinthians igualar o meio e ajustar a marcação, dando maior proteção aos zagueiros. Bidon também teve importante papel para dar mais liberdade para Coronado e cobrir os laterais.

O plano vinha sendo concluído com sucesso até a expulsão de Caetano nos minutos finais da partida. Pouco depois, Michel Araújo quase recolocou o São Paulo em vantagem.

Nos minutos finais, o Corinthians conseguiu administrar o jogo e não sofrer mesmo jogando com um a menos. O ponto é importante, mas ainda muito pouco para um time que precisa de resultados imediatos diante de um início ruim no Brasileirão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *