Análise: Corinthians é letal contra o Bahia e fica perto de salvar ano com vaga na Libertadores

Uma noite quase perfeita para despedida da Neo Química Arena na temporada. O Corinthians se mostrou letal, aproveitou os erros do Bahia e ficou perto de salvar o ano em noite inspirada de Memphis Depay e Yuri Alberto. O drama da briga contra o rebaixamento está prestes a ser trocado por uma vaga na Libertadores.

Mais do que simplesmente a proximidade de um lugar na fase qualificatória do principal torneio sul-americano, a vitória por 3 a 0 contra o Bahia, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, apresentou um Corinthians maduro e que dá esperança para um 2025 sem o drama (em campo) deste ano.

O Timão não perdoou os erros do Bahia e construiu a vitória naturalmente, com uma primeira etapa eficiente e um segundo tempo de completo domínio. Teve gol de Yuri Alberto, dois de Memphis Depay (com direito a um golaço de falta) e noite de altíssimo nível de Breno Bidon e André Carrillo, cada vez mais donos do meio-campo do time.

Em noites como a desta terça-feira, fica difícil superar o consolidado Corinthians de Ramón Díaz. Controle de meio-campo e talento no ataque levaram o Timão a oito vitórias consecutivas na Série A, um recorde na história do clube, e a um fim de ano de justa empolgação para o torcedor.

O clima de confiança na Neo Química Arena se justificou ainda no primeiro tempo. Em um confronto direto, decisivo, o Corinthians se comportou de maneira madura e conseguiu controlar um Bahia que se propôs a jogar desde o primeiro minuto, com marcação alta e pressionando a saída de bola.

Aos poucos, porém, o jogo fluído apresentado pelo Timão nas últimas oito rodadas apareceu, especialmente por meio de Breno Bidon e André Carrillo. Foi a partir do crescimento dos dois meio-campistas que a equipe da casa passou a controlar a partida e construir o resultado ainda na etapa inicial.

Carrillo, neste ponto, foi protagonista. No primeiro gol, aos 11 minutos, o peruano recuperou a bola e achou Yuri Alberto, que deu a assistência para Memphis Depay abrir o placar.

Aos 48, após o holandês recuperar a bola, o camisa 19 tocou em profundidade para Yuri Alberto, o artilheiro do Brasil, ampliar e dar tranquilidade ao time antes do intervalo.

Esta tranquilidade adquirida pelo gol de Yuri Alberto trouxe um Corinthians ainda mais solto para o gramado na segunda etapa.

A eficiência demonstrada nos 45 minutos iniciais se tornou imposição diante do Bahia, que, de tão fragilizado, mal parecia o time que brigaria em um duelo decisivo nesta terça.

Com Breno Bidon e Carrillo ditando o ritmo da partida, o Corinthians trabalhou a bola para eliminar qualquer chance de reação por parte dos visitantes.

Defensivamente, em noite segura coletiva sem a bola, a equipe de Ramón Díaz passou a sequer sofrer com o trabalho de bola do meio-campo do Bahia. Era o necessário para administrar com maturidade a vantagem. Diferente de uma equipe que lamentou resultados desperdiçados nesta mesma arena em 2024.

Qualquer esperança do Bahia terminou aos 15 minutos. Memphis Depay cobrou falta com força e categoria para superar o goleiro Adriel e anotar o terceiro gol.

Era o toque especial para promover a festa na despedida da Neo Química Arena. O Corinthians se achou no fim do ano, voltou a ser temido em casa e promete para 2025.