Análise: falta de espaço para atacar limita Santos no empate frustrante com o Bahia na Copa do Brasil

A expectativa era de uma vitória do Santos contra o Bahia. O time vinha em alta, com o sistema de jogo cada vez mais sólido e ostentava duas vitórias consecutivas no Brasileirão. Porém, de novo, o Peixe esbarrou em suas próprias limitações e ficou no 0 a 0 na Vila Belmiro lotada.

Apesar do tropeço, o confronto segue aberto. Para garantir vaga nas quartas de final do torneio, o Peixe precisa vencer em Salvador, no dia 31. Novo empate leva a decisão para os pênaltis.

Desde o início da temporada, o Santos do técnico Odair Hellmann tem se mostrado mais produtivo quando tem espaço para atacar. É exatamente por isso que os homens de velocidade do elenco (Mendoza, Soteldo, Lucas Braga e Ângelo) são tão importantes para a comissão técnica.

Na Vila, o Bahia foi inteligente ao jogar com as linhas baixas, anulando aquilo que o Santos tem de melhor: a transição em velocidade. Sem espaço, mas com a bola nos pés, o Peixe trocou 501 passes e não conseguiu furar o bloqueio defensivo adversário.

A explicação é simples: tecnicamente, o Peixe tem muitas limitações no setor criativo. O time depende muito do talento de Lucas Lima, que quase sempre joga bem marcado e raramente recebe a bola com espaço no meio de campo.

No jogo da volta, dia 31 de maio, a tendência é de que o Bahia tenha uma outra postura. Na Fonte Nova, o Tricolor de Aço deve sair mais para o ataque e dar espaço para o Santos correr pelas beiradas do campo.

Se bem estudado e executado, é neste tipo de espaço que o Peixe pode surpreender no Nordeste.

A defesa, apesar da saída de Eduardo Bauermann – réu em um processo que apura manipulação em partidas da Série A do Brasileirão do ano passado – está encaixada. Jogo após jogo, a equipe mostra um pouco melhor, e tem todas as condições de conseguir a vaga na Copa do Brasil.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos volta a campo neste sábado, às 21h, contra o Palmeiras, pela sétima rodada. O jogo será na Vila Belmiro.