Análise: oscilação do Santos desanima e põe em xeque contexto de melhora

Quem assistiu e torceu pelo Santos domingo, contra o Red Bull Bragantino, certamente ficou decepcionado com o que viu em campo. O futebol apresentado lembrou aquele que levou o Peixe a ser eliminado no Campeonato Paulista deste ano ainda na fase de grupos: desorganizado, aparentemente nervoso e carente de ideias no setor criativo.

A oscilação, assim como o técnico Odair Hellmann falou em sua coletiva de imprensa, é normal dentro de uma temporada longa e acontecerá com todos os clubes da Série A. No caso do Santos, no entanto, ela tende a ser mais desanimadora porque acontece justamente em um momento que o time dava a entender que estava em franca ascensão.

O Peixe vinha de boas atuações contra Bahia, Vasco e Palmeiras no Brasileirão. Até mesmo no Chile, quando perdeu para o Audax Italiano, a sensação não foi de todo ruim. Afinal, a equipe foi prejudicada pela arbitragem e por uma expulsão ainda no primeiro tempo. Antes disso, no entanto, o Santos era dominante naquela partida.

Agora, no entanto, a sensação é de desânimo. Em Bragança, a equipe estava praticamente completa e ainda tinha Soteldo, Dodi e Lucas Lima de volta. Mesmo com os reforços, o Santos foi dominado e a derrota por apenas dois gols de diferença até que saiu barata pelo o que aconteceu em campo nos 90 minutos.

O time não conseguiu trocar passes, não ocupou o campo de ataque e não teve saída de bola. Lucas Pires e Rodrigo Fernández, em péssima noite, foram sacados ainda no intervalo por conta da dificuldade na transição. Mesmo com as mexidas, o Santos manteve os problemas e foi um completo deserto de ideias.

Na quarta, contra o Bahia, o Peixe tem um jogo importantíssimo pela frente. Se conseguir retomar o que vinha jogando há uma semana, certamente fará um jogo competitivo na Fonte Nova e pode muito bem garantir a classificação. Contudo, se repetir o futebol do último domingo, a vaga nas quartas da Copa do Brasil será improvável.

A questão é entender até quando vai essa oscilação. O time não tem tempo para treinar, o intervalo entre os jogos serve apenas para descanso dos atletas, e o entrosamento não virá do dia para a noite. Sinal de alerta, de novo, ligado na Vila Belmiro.