Análise: Palmeiras das goleadas controla rivais como quer e mostra força em busca por Brasileirão
Análise: Palmeiras das goleadas controla rivais como quer e mostra força em busca por Brasileirão
Depois de atropelar Goiás, Verdão repete dose contra o Grêmio e ataca com posse, contra-ataque, bola parada... E agora dorme líder do campeonato.
Por Henrique Toth — São Paulo 11/05/2023 04h00 - Atualizado há 4 horas
Foram mais
de noventa minutos de controle total do Palmeiras contra o Grêmio, na vitória
por 4 a 1 da última quarta-feira, no Allianz Parque, em jogo válido pela quinta
rodada do Brasileirão. Vitória maiúscula do atual campeão, que mostra ir firme
em busca do bicampeonato seguido.
Tal
resultado era o que o Verdão precisava para dormir na liderança do Brasileirão,
com um ponto a mais que o Botafogo, que ainda enfrenta o Corinthians nesta
quinta-feira, no Rio de Janeiro. E pelo andar do time de Abel Ferreira, o time
carioca não pode bobear.
A vitória
também foi acompanhada de desempenho, assim como já havia sido nos 5 a 0 contra
o Goiás, domingo passado. Tanto as forças do time de Abel Ferreira quanto os
aspectos que precisam ser melhorados ficaram evidentes na partida (entenda
abaixo).
Enfrentando um adversário escalado com uma linha de cinco na defesa, o treinador palmeirense, que repetiu a escalação pelo segundo jogo seguido, quase não precisou dar instruções ao seu time da beira do campo – ao contrário de Renato Gaúcho.
Aos poucos,
o Palmeiras foi trabalhando a bola com mais velocidade, invertendo-a de um lado
para o outro, assim quebrando a marcação gremista. Antes mesmo de o placar ser
aberto, só o Verdão chutava no gol.
Aos 23
minutos, após Dudu enxergar bem Mayke passando livre na direita, o camisa 7
lançou o lateral rapidamente, que já viu Veiga se infiltrar na área. Bola na
cabeça do meia, e gol dele.
A capacidade
do Palmeiras em criar jogadas com diferentes repertórios, seja trabalhando a
bola ou em transições rápidas, anda lado a lado com a falta de eficácia em
certos momentos. Com Dudu e Artur atuando com o “pé trocado”, puxando
para o meio ou para a ponta com velocidade e qualidade, a marcação do rival é
dificultada.
No primeiro
tempo, Dudu, Rony, Mayke e outros tiveram suas chances. Mas nessa de perder os
gols, o jogo fica perigoso. Bitello, em um chutaço, acertou a gaveta de
Weverton para empatar.
Além da
eficiência que de vez em quando pode ser traiçoeira, outra vulnerabilidade do
Palmeiras apareceu no gol gremista: a marcação de seus volantes.
Na jogada do
gol adversário, Zé Rafael aparece um pouco adiantado para a função que cumpre,
de primeiro volante. A tabela acontece em cima dele, e o volante não recompõe a
tempo para, pelo menos, atrapalhar o chute. Menino também não acompanha, e o
meio palmeirense, às vezes, oferece buracos.
Mas como
dito acima, o Palmeiras contravala e seguiu controlando o Grêmio como quis.
Voltando para o segundo tempo com o 1 a 1 no placar, o time de Abel Ferreira
retornou com a mesma escalação, intensidade e (um pouco) mais capricho.
Na bola
parada mortal da equipe de Abel, Veiga cruzou e Luan cabeceou para ganhar o
pênalti. O meia converteu, fazendo seu nono gol contra o Grêmio, maior vítima
da carreira.
No terceiro
gol palmeirense, Dudu novamente inverte a jogada rápida, Mayke chega com Rony
pelo meio, e o lateral marca na sobra. O quarto não demorou muito a sair.
Tabela na
esquerda e cruzamento na segunda trave, pela direita, para o aniversariante do
dia, Luan, marcar.
O Palmeiras de Abel Ferreira, que mal precisou gritar da beira do campo hoje, segue a passos bem firmes em busca do 12º título do Campeonato Brasileiro. Na próxima rodada, no sábado, enfrenta o Bragantino no Allianz Parque.