Análise: Palmeiras sucumbe aos próprios erros na altitude e vê estreia promissora acabar amarga

Análise: Palmeiras sucumbe aos próprios erros na altitude e vê estreia promissora acabar amarga

Verdão saiu na frente contra o Bolívar e tinha o jogo sob controle antes dos vacilos que começaram a definir o 3 a 1 sofrido em La Paz com reservas.




Por Thiago Ferri — São Paulo 06/04/2023 04h00 - Atualizado há uma hora

A derrota do Palmeiras por 3 a 1 para o Bolívar, na estreia da Libertadores, não é um resultado que chega a ser inesperado, já que além da dificuldade com a altitude, Abel Ferreira poupou praticamente todos os titulares pensando na final do Paulista. Mas não deixa de ser amargo.

Isto porque, mesmo sem Weverton, Gómez, Murilo, Marcos Rocha, Raphael Veiga, Zé Rafael, Dudu, Endrick e Rony, o Verdão teve um início promissor. Saiu na frente depois de resistir ao abafa inicial dos donos da casa, graças a um golaço de Flaco López (um dos destaques da noite) e que deu o controle do jogo ao atual campeão brasileiro.

Com uma equipe bastante modificada, Abel Ferreira usou Garcia como ponta pela direita, Artur à frente de Fabinho e Jailson praticamente como um meia, com Breno Lopes na esquerda e López centralizado.

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Os primeiros minutos foram de dificuldade para encaixe, com o Bolívar tendo mais de 70% de posse de bola. Quando o Verdão começou a tirar esta vantagem dos donos da casa, saiu na frente aos 11 minutos e parou de tomar sustos.

Só que assim como na primeiro final do Paulista contra o Água Santa, os erros alviverdes custaram caro. A começar pelo vacilo de Naves na saída de bola que resultou no gol de empate da equipe boliviana, logo aos 19.

O Palmeiras teve pelo menos duas chances para voltar à frente do placar ainda no primeiro tempo, mas pouco antes do intervalo vieram as duas jogadas capitais para o resultado.

Aos 42 minutos, Jailson tocou a mão na bola perto da meia-lua, recebeu o segundo cartão amarelo (o primeiro foi exagerado) e acabou expulso. Aos 45, o Bolívar virou o placar e assim foi para o intervalo com a vantagem.

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Logo no começo do segundo tempo, Sagredo também foi expulso, deixando as duas equipes com 10 jogadores. Com mais espaço, o jogo ficou de muita transição, corrido. E aí o Palmeiras começou a ter mais dificuldades diante das limitações físicas impostas pela altitude.

O Bolívar se aproveitou para criar chances, especialmente de fora da área. Marcelo Lomba fez o que pôde até Uzeda fechar o placar, já aos 43 da etapa final. Foram 20 finalizações do Bolívar contra 10 no Palmeiras ao longo de todo o jogo.

Se o resultado não foi o dos sonhos, López deixou uma boa impressão, com bom desempenho além do gol, participando mais do jogo.

Artur começou como o responsável por levar o Palmeiras ao ataque na frente dos volantes e mesmo fora de posição também não foi mal. Seus lances mais perigosos, porém, foram quando passou a atuar onde gosta, na direita. Richard Ríos, o outro reforço da janela, entrou no segundo tempo, deu bons desarmes e mostrou velocidade para chegar ao ataque.

A primeira derrota do Verdão em estreias de Libertadores nos últimos 49 anos não é uma grande dor de cabeça para o time de Abel Ferreira, que segue como o grande favorito na chave. Mas ficou a sensação de que não fossem os erros do primeiro tempo, esta invencibilidade poderia estar mantida. 

López comemora com os reservas do Palmeiras seu gol — Foto: Cesar Greco

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