Análise: Palmeiras tem cabeça fria para desatar jogo complicado e colar na liderança do Brasileirão

Análise: Palmeiras tem cabeça fria para desatar jogo complicado e colar na liderança do Brasileirão

Verdão tem primeiro tempo pouco inspirado diante do Atlético-GO, mas mudança de postura na etapa final foi fundamental para os três pontos contra o penúltimo colocado.


Por Eduardo Rodrigues — São Paulo

A grande virtude do Palmeiras na quinta-feira, diante do Atlético-GO, no Allianz Parque, foi a paciência. Isso porque o adversário, apesar da penúltima colocação no torneio, não facilitou para o Verdão.

Ao abrir o placar com Flaco López, aos cinco minutos do primeiro tempo, a sensação era de que seria daquelas noites de vitória fácil, com o brilho individual dos principais nomes do time. Mas no minuto seguinte Shaylon acertou um chutaço, no ângulo de Weverton, e empatou.

A partir daí o Palmeiras teve que ter muita cabeça fria para conseguir os três pontos em casa. Com uma linha de cinco na defesa, o Atlético-GO não deixava a equipe de Abel Ferreira jogar. A chance mais perigosa posteriormente foi do visitante, em uma bola na trave de Marcão.

As jogadas coletivas e individuais não saíam com naturalidade, e o Verdão se via encurralado contra um Atlético-GO que não parecia nem de longe estar na zona de rebaixamento do Brasileirão. Em muitos momentos, o Dragão esteve melhor na etapa inicial.

– A verdade é que aquele gol põe à prova toda a nossa calma. Porque sofrer um gol daqueles não há… ou há explicação. É dar os parabéns ao jogador que arriscou, acreditou, porque fez um grande gol. Aí sim afetou um pouco nossa confiança, nossa calma, tirou um pouco do foco e concentração das tarefas – comentou Abel Ferreira, sobre o chute de Shaylon.

Mas por sorte do Palmeiras é que tinha o intervalo, e Abel pôde fazer ajustes e acalmar os ânimos de uma equipe que se mostrava nervosa, com poucos sinais de reação.

A conversa no vestiário surtiu efeito imediato, e em sete minutos o Verdão definiu a partida.

Aos cinco minutos, Estêvão invadiu a área e tocou para Raphael Veiga. O meia virou e bateu no canto. Aos sete, Estêvão recebeu passe de Rony, chutou para defesa do goleiro Ronaldo e a bola voltou em Alix Vinicius para entrar no gol.

Era o cenário perfeito para o Palmeiras voltar a ter as rédeas da partida e administrar os três pontos que poderiam lhe render a primeira colocação (o que não ocorreu porque o Botafogo venceu o Vitória).

– No segundo tempo, o Abel ajustou a movimentação ofensiva, que facilitou nosso ataque e conseguimos achar bons passes e fazer os gols – revelou Veiga.

Com a tranquilidade no placar, o Verdão criou mais outras chances e poderia até ter ampliado. Mas já era o suficiente para fazer a lição de casa. Após a vitória, a missão era secar os adversários na briga pela ponta do Brasileirão.

E quase deu certo. Primeiro, o Palmeiras viu o Flamengo ser derrotado pelo Fortaleza, por 2 a 1, no Maracanã. Horas depois, foi a vez de acompanhar o Botafogo.

O rival até perdeu um pênalti, mas logo em sequência conseguiu abrir o placar para vencer o Vitória, no Barradão, e igualar no número de pontos com o Verdão. O time carioca fica na frente nos gols pró (27 a 25).

Com um futebol eficiente e de muitas alternativas, o Verdão cola na liderança na 16ª rodada e está mais forte do que nunca na briga pelo tricampeonato do torneio, algo que seria inédito na história do clube no atual formato da competição.

A partir da próxima rodada, diante do Botafogo, na quarta-feira, às 21h30, o elenco estará ainda mais reforçado com a possibilidade das estreias de Felipe Anderson, Giay e Mauricio, as contratações dessa janela de meio do ano.

Após um começo de temporada instável, o Palmeiras vai mostrando a sua melhor versão e tem tudo para fazer mais história em 2024. 

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