Análise: Santos vive apagão no meio da temporada e precisa ser rápido para juntar os cacos

Mais uma vez, o Santos teve uma noite para ser esquecida na temporada. Em casa, o Peixe foi superado pelo Newell’s Old Boys, por 2 a 1, e praticamente selou seu adeus da Copa Sul-Americana ainda na fase de grupos. Assim como aconteceu com os refletores da Vila Belmiro, houve um apagão da equipe dentro de campo.

São sete jogos seguidos sem vitória, o que inclui a eliminação na Copa do Brasil e a queda na tabela do Brasileirão. Há pelo menos cinco deles, o Santos apresenta uma intensa oscilação. Neste momento, por todo o contexto, a queda na Sul-Americana parece ser o menor dos problemas.

A solidez defensiva construída na intertemporada entre a queda no Paulistão e o início do Campeonato Brasileiro se foi. O time voltou a tomar gols com frequência e, como bem expôs o Newell’s, entrar na área do Santos não é mais uma grande dificuldade.

O meio de campo, independentemente da formação utilizada por Odair Hellmann, não está conseguindo reter a bola e trocar passes. Sem construção, o ataque se torna ineficaz. O Peixe tem jogado com três homens de frente, mas os pontas Soteldo e Mendoza pouco participam do jogo coletivo.

Quem assiste ao Santos em campo fica com a impressão de que o time passa por um apagão.

O elenco tem suas claras limitações, mas já demonstrou um futebol muito melhor nesta temporada. Inclusive, há menos de um mês, a equipe vinha em uma crescente técnica e parecia que iria engrenar uma sequência de bons resultados.

Daqui para frente, pelo menos ao que tudo indica, o Santos terá apenas o Brasileirão pela frente. Serão seis meses com apenas uma competição a ser disputada e um calendário mais brando em relação à maioria de seus concorrentes na Série A.

É hora de juntar os cacos, aceitar o momento de instabilidade, e se preparar para a abertura da janela de transferências. O Santos precisa de reforços para o restante do ano, mas é necessário também voltar a ter organização em campo e consertar os erros que estão sendo cometidos semana após semana.