Análise: São Paulo mostra força mais uma vez, mas ausência de Alisson deixa o time vulnerável
Análise: São Paulo mostra força mais uma vez, mas ausência de Alisson deixa o time vulnerável
Tricolor abre o placar cedo, não consegue ampliar e sofre após a saída do volante.
Por Marcelo Braga — São Paulo
O São Paulo
voltou ao G-4 ao vencer o Grêmio por 1 a 0, na última quarta-feira, no
Morumbis, em jogo da 17ª rodada do Brasileirão. Em sua nona vitória no
campeonato, o Tricolor mostrou mais uma vez que é forte o suficiente para
batalhar por uma vaga no pelotão da frente, como time maduro que se moldou.
O resultado,
porém, correu riscos.
Depois de um
primeiro tempo com um gol cedo, marcado por Lucas Moura aos nove minutos, o São
Paulo teve maior volume, mas não marcou o segundo. Na etapa final, viveu um
jogo de “toma lá dá cá”, com chances para os dois lados. Poderia ter
vencido bem. Ou levado o empate no fim.
– Os
primeiros 35 minutos foram um espetáculo – disse Zubeldía.
A perda do
controle de jogo na segunda etapa, aliás, passa muito pela lesão de Alisson,
que sofreu uma fratura no tornozelo direito e passará a ser ausência na
temporada.
Zubeldía
apostou em Wellington Rato, e o time mudou suas características. Ficou mais
vulnerável no momento em que o Grêmio se acertou em campo e passou a incomodar.
Contra o Juventude, na próxima rodada, com a volta de Luiz Gustavo de suspensão automática, a tendência é que ele forme o meio ao lado de Bobadilla. O time terá também o retorno de Alan Franco.
Além da
mudança por conta da saúde de Alisson, Zubeldía mexeu no time com Nestor,
Galoppo e André Silva, substituindo o trio Lucas, Luciano e Calleri.
O São Paulo
seguiu com boas chances de gol, as principais delas nos pés de Galoppo e André,
mas nomes como Soteldo e Reinaldo também assustaram. Rafael, de volta ao gol,
foi fundamental.
Com 30
pontos, o São Paulo vai crescendo no campeonato, fazendo da sua casa um palco
importante para vitórias e conseguindo duelar com times fortes. O Grêmio, mesmo
no Z-4, mostrou jogadores de bom nível, num desafio que ficou bastante
complicado na etapa final.
Nos
instantes finais, jogadores como Rafinha, Luciano, Erick e os demais reservas
“jogaram junto” com os jogadores que estavam em campo nas imediações
do banco de reserva, sofrendo com cada falta marcada ou chance desperdiçada.
Bem no estilo Zubeldía de se viver.
Está claro
que o elenco do São Paulo já percebeu que, bem afinado, pode levar esse time
longe. Mas a diretoria precisará repor a ausência de Alisson. Há muitos
prejuízos num time sem ele. Zubeldía já deixou isso bem claro na entrevista
coletiva.
– É urgente
que necessitamos de jogadores. Os dirigentes sabem. Não é sobre ter opções no
plantel. Temos muitos volantes, mas que não jogam nessa posição. Vamos ter a
pior versão dos jogadores que temos – afirmou o treinador.