Análise: São Paulo oscila demais para quem tem como objetivo vaga na fase de grupos da Libertadores

Análise: São Paulo oscila demais para quem tem como objetivo vaga na fase de grupos da Libertadores

Tricolor tem atuações irregulares mesmo quando vence e não consegue mostrar consistência; tropeços contra times que lutam contra o rebaixamento atrapalham planos do time.

Por Bruno Giufrida — São Paulo

O São Paulo, em tese, vive um momento de muita tranquilidade no Campeonato Brasileiro. Em sexto lugar e a 11 pontos do sétimo, que é o Cruzeiro, o Tricolor está perto de uma vaga pelo menos nas fases preliminares da Conmebol Libertadores do ano que vem.

Não briga mais por título, não corre riscos de brigar contra o rebaixamento… Mas o discurso tem sido de busca por uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Para isso acontecer sem depender da abertura de mais uma vaga no Brasileirão, o São Paulo precisa chegar ao G-4.

As frequentes oscilações, porém, não condizem com esse discurso. O empate por 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, que luta contra o rebaixamento, é um bom exemplo disso.

E essa não foi a primeira vez, no passado recente, que o São Paulo vacilou. Derrota para Cuiabá por 2 a 0 e empate por 1 a 1 com o Criciúma, dois times que também estão na luta contra o rebaixamento, são dois exemplos de oportunidades desperdiçadas de entrar no G-4.

O que preocupa, por sinal, não são apenas os resultados – que até são bons, muitas vezes. Contra o Athletico, por exemplo, o São Paulo empatava até os minutos finais, quando André Silva, que havia saído do banco de reservas, conseguiu garantir os três pontos no Morumbis apesar da oscilação.

E isso já aconteceu outras vezes no Campeonato Brasileiro, por diversos motivos. O principal deles é a dificuldade para manter a equipe titular em campo em mais oportunidades. Nesta quarta-feira, por exemplo, Calleri, um dos principais jogadores do time , não esteve à disposição por causa de um desconforto muscular na coxa esquerda.

Na lateral esquerda, o zagueiro Sabino foi improvisado nos últimos dois jogos, também por falta de opção: Welington, que vinha sendo titular, teve um edema na coxa esquerda; Jamal Lewis voltou da seleção da Irlanda do Norte com um trauma no tornozelo esquerdo; e Patryck acaba de se recuperar de uma fratura na clavícula.

No ataque, além de Calleri, Wellington Rato virou desfalque nos últimos dias por causa de dores na panturrilha direita.

As constantes mudanças, porém, não são o único ponto de dificuldade nas últimas rodadas. O time comandado por Luis Zubeldía tem tido momentos de desatenção. Contra o Red Bull Bragantino foi assim. O Tricolor começou muito mal, sendo pressionado pelo adversário até sofrer o gol.

Apesar da vitória por 3 a 0, o jogo contra o Bahia foi outro exemplo disso. O São Paulo começou mal, deu brechas para o adversário, mas, naquela ocasião, melhorou. Isso não aconteceu novamente diante do Bragantino – o Tricolor até mostrou evolução, mas não o suficiente para vencer uma equipe que briga contra o rebaixamento.

A quatro rodadas para o fim da temporada, o Tricolor precisa mostrar o que quer: brigar, de fato, por uma vaga no G-4 ou se contentar com a fase preliminar da Libertadores em 2025?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *