Análise: Veiga dita o ritmo e dá ao Palmeiras um poder de decisão que poucos times brasileiros têm

Análise: Veiga dita o ritmo e dá ao Palmeiras um poder de decisão que poucos times brasileiros têm

Meio-campista soma 11 participações em gols em dez partidas no ano.



Por Henrique Toth — São Paulo 27/02/2023 04h00 - Atualizado há 4 horas

O Palmeiras venceu a Ferroviária por 2 a 1, no último domingo, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. Raphael Veiga, mais uma vez, foi fundamental. Quando bem e com sequência, o meio-campista é dos jogadores mais decisivos do Brasil.

Depois de encarar um primeiro tempo com o adversário retrancado, o Verdão viu na qualidade do toque de Veiga o jogo se abrir. Aos 41 minutos, ele recebeu na direita, puxou para o meio e olhou para a área, cruzando na cabeça de Gabriel Menino, que abriu o marcador.

Era o começo da noite de Raphael Veiga, que ainda marcaria o segundo gol do Palmeiras, em chute de fora da área. Agora são cinco gols e seis assistências em dez jogos, oferecendo ao seu time uma média maior de um gol por partida.

Para o torcedor palmeirense que estava com receio após a saída de Gustavo Scarpa, que também tinha o toque na bola e a capacidade de pensar as jogadas diferente dos demais, a sequência de Veiga é de aquecer os corações verdes.

Cerebral em campo, o camisa 23 consegue se movimentar entre os marcadores e linhas adversárias para buscar o melhor posicionamento. E qual foi o diferencial nesse começo de ano? Veiga explica:

– Acho que alimentação, treino durante as férias. Lógico, quando a gente fica parado, precisa estar se mexendo, cuidar da alimentação. Quando você se machuca, passa por cirurgia, fica parado. Tem que comer mais saudável porque não gasta essas calorias que come. E a questão do treino. No final do ano, treinei nas férias para poder sentir o menos possível quando voltar – disse o jogador após a partida.

Na primeira etapa contra a Ferroviária, inclusive, foi menos acionado do que deveria. Em diversos momentos foi possível ver Veiga apontando para receber o passe direto da zaga, mas não recebendo.

Quando o meio-campista deixou o campo, aos 36 minutos do segundo tempo, é nítido como muda a dinâmica da construção ofensiva do Palmeiras, passando a ser mais truncada, menos natural. Nada, porém, que impedisse o Verdão de vencer novamente e seguir na liderança geral do Paulistão. 

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