Anderson Torres deixa prisão após 4 meses e chega em casa
Anderson Torres deixa prisão após 4 meses e chega em casa
Soltura do ex-ministro da Justiça foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou medidas cautelares, entre as quais uso de tornozeleira eletrônica. Torres estava preso por suposta omissão nos ataques de 8 de janeiro.
Por G1 — Brasília 11/05/2023 21h12 - Atualizado há 9 horas
O
ex-ministro da Justiça Anderson Torres chegou em casa após deixar a prisão na
noite desta quinta-feira (11). Torres estava preso havia quatro meses por
suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
A soltura
ocorreu horas após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizar a liberdade do ex-ministro, preso desde 14 de janeiro no 19º
batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Na decisão,
Moraes informou que não vê mais motivos para Torres continuar preso
preventivamente. E que as investigações podem transcorrer com o ex-ministro em
liberdade.
“A
presente decisão servirá de alvará de soltura clausulado em favor de ANDERSON
GUSTAVO TORRES servirá também de ofício de apresentação ao Juízo da Vara de
Execuções Penais do Distrito Federal, no prazo de 24 horas”, escreveu o
ministro.
Os advogados
de Torres já vinham pedindo na Justiça a soltura do ex-ministro, alegando que a
prisão preventiva não se justificava e que ele estava com agravamento das
condições de saúde mental na prisão.
Para
permitir a liberdade de Torres, o ministro determinou medidas cautelares que
incluem:
– uso de
tornozeleira eletrônica;
– proibição
de deixar o Distrito Federal e de sair de casa à noite e nos fins de semana;
– afastamento
temporário do cargo de delegado de Polícia Federal;
– comparecimento
semanal na Justiça;
– entrega do
passaporte à Justiça e cancelamentos de todos os passaportes já emitidos para
Torres ;
– suspensão de
porte de armas de fogo, inclusive funcionais;
– proibição
de uso de redes sociais; e
– proibição
de comunicação com os demais investigados no caso.
“As razões
para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo
Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o
direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou
sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que
encontravam-se pendentes em 20/4/2023.”
Moraes
destacou ainda que o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas
vai levar Torres de volta à prisão.