António Oliveira celebra goleada do Corinthians, projeta Dérbi e compara técnico a pai

António Oliveira celebra goleada do Corinthians, projeta Dérbi e compara técnico a pai

Treinador evitou falar sobre chance de classificação: "Até dois jogos atrás se falava no rebaixamento"


Por Redação do ge — São Paulo

António Oliveira começa sua passagem pelo Corinthians com 100% de aproveitamento. Após vencer a Portuguesa na estreia, no último domingo, o técnico português viu sua equipe golear o Botafogo-SP por 4 a 1, nesta quarta-feira, fora de casa.

Após a partida, António Oliveira analisou as situações adversas enfrentadas no duelo em Ribeirão Preto e viu superioridade do Corinthians na partida:

– Foram 60 minutos de grande qualidade do Corinthians, com substancia principalmente os 15, 20 minutos, quando chegamos cedo ao gol. De acordo com nossa forma de jogar, cada um dos gols está dentro daquilo que queremos, dos comportamentos que nos comprometemos a fazer. Houve 15 ou 20 minutos do Botafogo que estava a pairar que o adversário estava por cima, tivemos falhas. Nesse princípio vai haver acerto e erros, principalmente na nossa fase de construção. O adversário nos massacrou em situações de escanteios, laterais, encaixes na nossa primeira fase, alguns erros técnicos nossos e decisões erradas. Permitidos que o adversário acreditasse e chegasse ao gol. Corrigimos algumas situações, principalmente espaços que gostaríamos de explorar. O gramado estava pesado e não deixava rolar bem a bola. Sem chuva no segundo tempo, evidente que a qualidade dos jogadores dentro da nossa proposta de jogar, exploramos os espaços. O terceiro gol é reflexo disso – declarou o técnico, que ainda completou:

 

– A equipe está de parabéns, com naturalidade ela acaba por ganhar o jogo porque é melhor coletivamente e individualmente. Estou muito orgulhoso desses jogadores, todos, sem exceção. Eles são e serão os principais artistas desse clube, a vitória é deles.

O próximo compromisso do Corinthians será o clássico contra o Palmeiras, domingo, às 18h, na Arena Barueri. A equipe vai para o Dérbi em seu melhor momento na temporada, após atravessar fase turbulenta.

– São apenas três pontos, dentro de uma caminhada longa que temos pela frente, temporada recheada de jogos e competições na qual queremos estar inseridos até o fim. Ela transmite e nos dá confiança, dentro do resgate emocional que buscamos. Acaba por ser mais um jogo que vem aí no domingo, acarreta carga emocional mais ao torcedor e sabemos a responsabilidade. Sabemos que em qualquer competição que entremos temos que entrar para ganhar. Hoje também era para ganhar, contra a Portuguesa era para ganhar, e domingo será para ganhar. Vamos competir, correr, dar tudo para conquistar os três pontos.

Questionado sobre o seu papel nessa reação da equipe, que vinha de cinco derrotas consecutivas, António Oliveira declarou:

– Eu sou apenas mais uma peça dentro de muitas que são essenciais dentro do clube. Eu vim para ajudar. As peças principais são os jogadores, os verdadeiros artistas. Têm que ser cobrados e acarinhados. Nessa perspectiva, existe uma forma de jogar e dentro de exercícios que contemplamos tentamos consolidar. É evidente que dentro da falta de tempo para treinar temos que trabalhar através de vários meios.

– Um treinador não pode viver só de treinos e jogos, um treinador é um gestor de recursos humanos. Por trás de um jogador há um ser humano e temos que o saber tratar dessa forma. Acarinhá-los, cobrá-los, é como um pai, que dá amor e repreende quando é preciso. O trabalho do treinador tem a ver com agregar 25 ou 30 cabeças em torno de um objetivo em comum. Esse é meu papel e sou mais uma peça que estou aqui para ajudar o clube a atingir os objetivos e trazer novamente felicidade ao torcedor.

 

Veja abaixo outros trechos da entrevista de António Oliveira:

 

Chance de classificação

– O futebol é fértil nisso. Até dois jogos atrás se falava no rebaixamento, agora se fala na classificação. Nós vivemos cada dia e cada jogo. Depois, no final, fazemos as contas. A única coisa que prometemos é que vamos nos preparar da melhor forma possível

 

Wesley e Yuri Alberto

– É reflexo do trabalho deles, não é meu, eles é que são os grandes artistas, se comprometem, aceitam aquilo que lhes é proposto. Depois é qualidade e talento deles que acabam por definir e dar sucesso àquilo que propomos como forma de jogar. Eles têm talento e qualidade, sempre falei que era preciso resgatar a confiança. Como resgata a confiança? Com vitórias. Eles têm sido muito comprometidos, por isso o culminar com uma segunda vitória. É apenas uma segunda vitória de um longo caminho que temos pela frente. Temos que trabalhar muito, bem, e eles têm sido fantástico. Falamos do Wesley, do Yuri, mas podemos falar do Raniele, Fausto, Rojas, Romero, Hugo, Caetano, Gustavo Henrique que estreou. Todos eles, sem exceção, até os que não entraram, mas são fundamentais. Todos eles são importantes e quem acaba por se beneficiar é o Corinthians.

– Sabe que o centroavante vive de gols. Apesar de eu achar em outra perspectiva. Muitas vezes o centroavante tem um trabalho que lhe permite clarear espaços para que outro possa finalizar. É evidente que o centroavante para ganhar a confiança precisa de gols. O Yuri é um grande jogador de futebol, mas toda a gente passa por fases distintas. Ele está a se reerguer, estamos aqui para ajudar e apoiar, assim como estamos aqui para ajudar a todos os outros. Até mesmo aquele que menos joga tem a mesma atenção minha e de todos que trabalham comigo.

 

Abel Ferreira

– A minha relação com o Abel é de muito respeito, ele é alguém que tem feito um trabalho extraordinário em sua vigência no Brasil, coroado com muitos títulos e tem representado da melhor forma o que é o treinador português.

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