Após dois meses de queda, indústria cresce 0,3%, revela IBGE
Após dois meses de queda, indústria cresce 0,3%, revela IBGE
Dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje
Publicado em 02/12/2022 - 10:33 Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A produção
industrial brasileira teve ligeira alta de 0,3%, na passagem de setembro para
outubro, interrompendo dois meses consecutivos de queda, período no qual
acumulou perda de 1,3%. Apenas sete dos 26 ramos industriais pesquisados
tiveram expansão.
Com o
resultado, o setor encontra-se 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia de covid-19
(fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde alcançado pelo setor em
maio de 2011.
Os dados são
da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a
outubro de 2021, a indústria registrou avanço de 1,7%. No ano (janeiro-outubro
de 2022), ela acumula queda de 0,8% e,
em 12 meses, recuo de 1,4%.
Segundo o
gerente da pesquisa, André Macedo, embora a produção industrial tenha mostrado
alguma melhora no início do ano, pois marcou resultados positivos por quatro
meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento de
predominância negativa.
“Nos últimos
cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a
característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo,
permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, disse Macedo,
em nota.
Influência
positiva
As atividades econômicas que exerceram maior influência positiva no mês frente ao mês anterior foram produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%), com a primeira eliminando parte da perda de 7,1% acumulada em setembro e agosto. Já a segunda voltou a crescer após recuar 7,6% no mês anterior.
“Por outro lado, veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e
equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%) exerceram os principais impactos negativos
em outubro, com a primeira marcando o segundo mês seguido de redução na
produção e acumulando perda de 6,8% nesse período; a segunda eliminando parte
do avanço de 16,9% acumulado nos meses de setembro e agosto; e a última
intensificando o recuo verificado no mês anterior (-5,7%)”, disse o IBGE.
De acordo
com o estudo, também recuaram couro, artigos para viagem e calçados (-13,2%),
outros produtos químicos (-3,0%), produtos diversos (-12,5%), confecção de
artigos do vestuário e acessórios (-7,1%), produtos de madeira (-8,8%),
produtos de borracha e de material plástico (-2,6%) e de máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (-3,5%).
Comparação
Entre as
atividades econômicas, as principais influências positivas na comparação com
outubro de 2021 vieram de produtos alimentícios (12,2%), veículos automotores,
reboques e carrocerias (12,6%) e indústrias extrativas (4,5%).
Equipamentos
de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,6%), outros equipamentos de
transporte (30,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,1%) e celulose,
papel e produtos de papel (2,7%) também contribuíram positivamente.
Segundo a
pesquisa, entre as atividades que tiveram queda, produtos de madeira (-24,5%),
coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,3%), bebidas
(-5,9%) e metalurgia (-3,7%) anotaram maior impacto sobre a indústria.
Edição:
Kleber Sampaio