Após mortes em protestos, presidente do Peru será investigada por genocídio

Após mortes em protestos, presidente do Peru será investigada por genocídio

Ministério Público investigará Dina Boluarte pelos supostos crimes de genocídio, homicídio qualificado e lesões graves durante os protestos contra ela, que deixaram 40 mortos em um mês.

Por France Presse - 10/01/2023 23h03  Atualizado há 9 horas

O Ministério Público do Peru anunciou nesta terça-feira (10) que irá investigar a presidente Dina Boluarte pelos supostos crimes de “genocídio, homicídio qualificado e lesões graves” durante os protestos contra ela, que deixaram 40 mortos em um mês.

“A Procuradora da Nação ordenou o início de uma investigação preliminar contra a presidente Dina Boluarte; o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola; o ministro do Interior, Víctor Rojas; o ministro da Defesa, Jorge Chávez”, informou o MP no Twitter.

A investigação é pelos supostos crimes de “genocídio, homicídio qualificado e lesões graves” durante as manifestações antigovernamentais nas regiões de Apurímac, La Libertad, Puno, Junín, Arequipa e Ayacucho.

A investigação também inclui o ex-chefe de gabinete Pedro Ángulo e o ex-ministro do Interior César Cervantes, que fizeram parte do governo Boluarte entre 7 e 21 de dezembro de 2022, período em que houve 22 mortes devido à repressão das forças de ordem.

Os protestos se concentram nas áreas andinas do Peru, onde a população exige a renúncia de Boluarte e eleições presidenciais e legislativas imediatas. Em um mês de manifestações, a repressão deixou 40 mortos e mais de 600 feridos.

Dina Boluarte foi vice-presidente do país até 7 de dezembro de 2022, quando o Congresso destituiu Pedro Castillo, depois que ele tentou fechar o parlamento, intervir no sistema de Justiça e governar por decreto. Castillo, que era investigado por corrupção, cumpre 18 meses de prisão preventiva ordenada por um juiz, sob acusações de rebelião. 

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