Arcabouço busca equilíbrio entre progressistas e conservadores para ‘despolarizar’ país, diz Haddad
Arcabouço busca equilíbrio entre progressistas e conservadores para 'despolarizar' país, diz Haddad
Ministro da Fazenda deu declaração durante audiência na Câmara e disse que entende críticas da direita e da esquerda. Texto apresentado pelo governo foi alterado pelo relator.
Por Filipe Matoso e Alexandro Martello, g1 — Brasília 17/05/2023 11h13 - Atualizado há 22 segundos
O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (17) que o texto do
novo arcabouço fiscal busca o equilíbrio entre progressistas e conservadores
para “despolarizar” o país.
Haddad deu a
declaração ao participar de uma audiência na Câmara dos Deputados para a qual
foi chamado a explicar a política econômica do governo Lula.
A proposta
foi encaminhada pelo governo ao Congresso em abril. Para conseguir apoio ao
texto, a equipe econômica teve de ceder em alguns pontos, na negociação com o
relator do projeto na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA).
“Eu
entendo o deputado Cajado. As pessoas me perguntam: ‘O acordo é bom?’. Quando
você defende uma proposta, você defende a proposta que foi encaminhada. Eu entendo
as pessoas que estão criticando o arcabouço, ou pelo lado mais conservador, ou
pelo lado mais progressista. Eu entendo. Quem é mais conservador, quer arrochar
mais, quem é mais progressista está preocupado com o Fundeb, está preocupado
com servidor público, preocupado com o salário mínimo”, disse Haddad aos
deputados.
“Quando
você tem uma Casa com 513 parlamentares com visões diferentes, o relator fez um
trabalho para tentar buscar aquele centro expandido, vamos dizer assim, para
obter o resultado pretendido, não apenas os 257 votos para aprovar uma lei
complementar, mas um espaço maior de 300, 350 votos, para sinalizar ao país que
este centro está sendo reforçado, que estamos despolarizando o país para o bem
do próprio país”, completou o ministro da Fazenda.
A previsão é
de que um pedido de urgência para a proposta seja votado ainda nesta quarta
(17), e conteúdo do projeto, na semana que vem.
Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o texto do relator é o texto “possível” de ser aprovado e há o compromisso do Palácio do Planalto de não vetar trechos da versão apresentada por Cajado.