Arrecadação cai pela 4ª vez e chega a R$ 174,31 bi em setembro
Arrecadação cai pela 4ª vez e chega a R$ 174,31 bi em setembro
Queda foi de 0,34% em relação a mesmo mês do ano passado.
Publicado por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - São Luís
A
arrecadação total das Receitas Federais fechou o mês de setembro em R$ 174,31
bilhões, informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal. O valor representa
queda de 0,34% em relação a setembro de 2022, descontada a inflação medida pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No período
acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação alcançou o valor de pouco mais
de R$ 1,6 trilhão. Segundo o Ministério da Fazenda, o valor apresentou
acréscimo de 0,64%, descontada a inflação do período.
Em relação
às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em setembro
foi de R$ 168 bilhões, representando um acréscimo real de 0,19%. No período
acumulado de janeiro a dezembro, a arrecadação alcançou R$ 2,09 trilhões,
registrando acréscimo real (IPCA) de 6,64%.
Causas da queda
De acordo
com o Ministério da Fazenda, o resultado da arrecadação pode ser explicado,
principalmente, por alterações na legislação tributária e por pagamentos
atípicos, especialmente do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), da
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). A pasta disse ainda que,
descontados os fatores, o crescimento real seria de 3,49% na arrecadação do
período acumulado e um acréscimo real de 0,31% na arrecadação mês de
setembro.
A Fazenda
informou que, em relação ao PIS/Pasep e Cofins, a arrecadação conjunta foi de
R$ 36,78 bilhões, representando crescimento real de 7,71%.
O desempenho
é explicado pela combinação do aumento real de 3,60% no volume de vendas e
de 0,90% no volume de serviços, entre agosto de 2023 e agosto de 2022, segundo
a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia a
Estatística (IBGE) e da modificação da tributação incidente sobre o diesel,
gasolina e álcool.
Já o Imposto
sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) de residentes no exterior apresentou uma
arrecadação de R$ 4,93 bilhões, resultando em um crescimento real de 32,96%.
“O resultado
deveu-se aos acréscimos nominais de 81,11% na arrecadação do item Juros e
Comissões em Geral, de 231,25% na arrecadação do item Juros sobre Capital
Próprio, e de 22,48% na arrecadação do item Royalties e Assistência
Técnica, informou a Fazenda.
Receita Previdenciária
A Receita
Previdenciária apresentou arrecadação de R$ 49 bilhões, com crescimento
real de 1,97%. O desempenho pode ser explicado pelo crescimento real de 8,30%
da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 32% nas compensações
tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei
13.670/18.
As outras
receitas administradas pela Receita Federal apresentaram arrecadação de R$
3,15 bilhões, com acréscimo real de 14,25%. O resultado decorreu,
principalmente, do aumento nominal de 53,64% na arrecadação da Code-Remessas
ao Exterior e pela arrecadação do programa de redução de litigiosidade
(+321 milhões).
Ainda
segundo o ministério, o IRRF sobre rendimentos do trabalho apresentou
arrecadação de 142,5 bilhões, representando crescimento real de 5,37%. O
resultado está relacionado aos acréscimos reais na arrecadação dos itens Rendimentos
do Trabalho Assalariado (+6,56%) e Participação nos Lucros ou Resultados –
PLR (+21,12%), combinados com o decréscimo no item Aposentadoria do Regime
Geral ou do Servidor Público (-6,27%).
A Fazenda
também informou que a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$
437,23 bilhões, com crescimento real de 5,67%.
“Esse
desempenho é explicado pelo crescimento real de 8,76% da massa salarial. Além
disso, houve crescimento de 36% nas compensações tributárias com débitos de
receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18”, disse o ministério.
Edição:
Maria Claudia