Arthur Maia é eleito presidente da CPMI de atos antidemocráticos
Arthur Maia é eleito presidente da CPMI de atos antidemocráticos
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) será relatora.
Publicado em 25/05/2023 - 11:46 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O deputado
Arthur Maia (União-BA) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) que investigará os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ao
assumir, o parlamentar designou a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) como
relatora.
O colegiado
também elegeu os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) como
vice-presidentes.
Ao assumir a
presidência da CPMI, Arthur Maia afirmou que o colegiado investigará o que
chamou de “narrativas” sobre os ataques em que o Congresso Nacional,
o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e
depredados em Brasília.
“Temos
a responsabilidade de zelar por esse legado democrático, trazido por tantos
homens e mulheres, alguns que perderam a sua vida”, disse.
“Não é
razoável que não tenhamos vivido aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, com
a invasão da sede dos Três Poderes e aqui a essa Casa, ao Supremo Tribunal
Federal, ao Palácio do Planalto, e nada disso seja investigado por esta própria
Casa. Sabemos que há uma narrativa de que tudo que aconteceu está envolvido em
uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia no
Brasil. Isso tem que ser investigado, isso não pode passar em branco”,
acrescentou o deputado.
Na avaliação do deputado, a diferença dos trabalhos da comissão e as investigações e análises que já acontecem no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) é a “transparência”, pois acontecerão “em praça pública”.
“Por
outro lado, sei também que existe narrativa de que houve facilitações, enfim.
Todos esses discursos existem, e nós, 64 senadores e deputados, teremos
obrigação de, com toda honestidade, colher as provas e fazer isso publicamente,
porque afinal de contas o grande mérito dessa CPI é fazer as coisas em ‘praça
pública'”, concluiu
A relatora
ressaltou a importância do debate para o fortalecimento da democracia no país e
a representação feminina na mesa que conduzirá os debates na comissão. Na
próxima sessão, a senadora apresentará o plano de trabalho da comissão. As
reuniões serão realizadas semanalmente às quintas-feiras, às 9h.
“Houve
uma tentativa de golpe, mas não conseguiram. O fato é claro: todos aqui somos
contra aquilo que aconteceu, independentemente do que é base ou oposição”,
disse.
Edição:
Kelly Oliveira