Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em julho, recorde para esse mês
Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em julho, recorde para esse mês
Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No acumulado do ano, saldo positivo somou US$ 54,1 bilhões - novo recorde para o período.
Por Alexandro Martello e Ana Paula Castro, g1 — Brasília
A balança comercial registrou superávit de US$ 9,03 bilhões em julho, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta terça-feira (1º).
O resultado
é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o
contrário, o resultado é deficitário.
O valor
representa aumento de 68,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o
saldo positivo somou US$ 5,35 bilhões.
De acordo
com o MDIC, o superávit registrado no mês passado também é o maior para meses
de julho. A série histórica tem início em 1989.
Parcial do ano
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 54,1 bilhões, contra um superávit de US$ 39,61 bilhões no mesmo período de 2022. O aumento foi de 36,6% pela média diária.
Segundo
dados oficiais, o saldo positivo desse ano também representou recorde histórico
para o período de janeiro a julho. Até então, o maior resultado positivo havia
sido registrado em 2021 (+US$ 44,38 bilhões).
De acordo
com Herlon Brandão, diretor de Planejamento e Inteligência Comercial da
Secretaria de Comércio Exterior, o aumento das exportações é explicado pelo
crescimento do volume de bens exportados, apesar da queda dos preços.
“O
saldo comercial tem batido recordes, motivado pela redução da importação e uma
certa resiliência da exportação, a gente vê que mesmo com queda grande de
preços, o aumento dos volumes embarcados tem compensado essa queda [nos preços]
no acumulado do ano”, diz.
Para o
diretor, o resultado dos primeiros sete meses do ano está em linha com o
esperado para o ano de 2023.
O MDIC
estima que o saldo da balança comercial deve ficar em quase US$ 85 bilhões em
2023, com queda das exportações (-1,2%) e importações (-10%).
Na parcial
desse ano, as exportações somaram US$ 194,74 bilhões — aumento, pela média
diária, de 0,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as
importações totalizaram US$ 140,64 bilhões — queda de 8,9%.
Destaques das exportações em julho
Soja: US$
4,87 bilhões, com alta de 3,2% sobre julho do ano passado
Óleos brutos
de petróleo: US$ 3,74 bilhões, com aumento de 8,2%
Minério de
ferro: US$ 2,39 bilhões, com queda de 15,4%
Açucares e
melaços: US$ 1,49 bilhão, com alta de 29,9%
Farelos de
soja: US$ 1,13 bilhão, com elevação de 12,2%.
Principais compradores em julho
China e
Macau: US$ 9,12 bilhões, com alta de 14,2%
União
Europeia: US$ 3,44 bilhões, com queda de 25,4%
Estados Unidos:
US$ 3,2 bilhões, com recuo de 3%
Mercosul:
US$ 2,36 bilhões (+16,8%), sendo US$ 1,6 bilhão somente para a Argentina
(+16,4%).