Bombardeios israelenses levantam cortina de fumaça em ‘cidade-fantasma’ do sul do Líbano
Bombardeios israelenses levantam cortina de fumaça em 'cidade-fantasma' do sul do Líbano
Tiro tem sido alvo de ataques aéreos desde o início da ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano, no final de setembro. O Exército de Israel atacou alvos militares do grupo extremista nesta segunda (28).
Por g1
O Exército
de Israel realizou uma série de bombardeios em Tiro, no sul do Líbano, nesta
segunda-feira (28). O ataque levantou uma cortina de fumaça sobre o local, que
se tornou uma “cidade-fantasma” por conta de frequentes bombardeios
israelenses.
Desde o
início da ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano, no final de
setembro, Tiro tem sido alvo de ataques aéreos. O Exército de Israel afirma que
contra alvos militares do grupo extremista.No ataque desta segunda, caças
israelenses atacaram depósitos de armas e mísseis antitanque, edifícios
militares e postos de observação de várias unidades militares do Hezbollah,
segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Segundo a
FDI, entre os alvos está a Unidade Aziz do grupo extremista, responsável por
lançamentos da região sudoeste do Líbano em direção ao território israelense.
“Pela
segunda vez em alguns dias: As Forças de Defesa atacaram alvos terroristas do
Hezbollah na região de Tiro, no sul do Líbano. A área de Tiro é considerada uma
zona de operações terroristas importante para o Hezbollah e a Unidade Aziz,
utilizada para promover atividades terroristas contra o Estado de Israel”,
afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee.
Antes de
realizar os bombardeios, os militares de Israel emitiram ordens de evacuação
para os moradores. Segundo imagem compartilhada por Adraee, pelo menos seis
edifícios espalhados pela cidade eram alvo dos israelenses. No vídeo em
destaque, é possível diversas colunas de fumaça subindo após explosões. (Veja
acima)
A guerra
transformou a tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma
cidade-fantasma. Segundo o prefeito de Tiro, Hassan Dabouq, apenas um quarto
dos moradores permanecia na cidade, e muitos temiam que a destruição que
assolou o enclave palestino de Gaza estivesse chegando para eles também. (Leia
mais abaixo)
‘Cidade-fantasma’
Explosões
trovejantes seguidos de colunas negras de fumaça no céu, ruínas antigas sem
turistas e um litoral sem pescadores ou banhistas. A guerra transformou a
tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma cidade-fantasma.
Tiro foi
considerada segura durante grande parte do último ano, mesmo em meio a trocas
de agressões entre o Hezbollah e Israel desde o início na guerra na Faixa de
Gaza –o grupo extremista libanês bombardeia o norte de israelense em
solidariedade ao grupo terrorista palestino Hamas. Mas os ataques aéreos
israelenses desta semana geraram temores de que nenhum lugar no Líbano seria
seguro.
As
pitorescas praias de Tiro se esvaziaram. No mês passado, ambientalistas
ajudavam tartarugas marinhas ameaçadas de extinção a botar ovos ao longo da
costa, mas desde então, o exército israelense alertou contra atividades
marítimas, dizendo que elas poderiam ser alvos.
Mais de
2.500 pessoas foram mortas pela ofensiva de Israel no Líbano, e mais de 1,2
milhão foram forçadas a deixar suas casas, segundo autoridades libanesas.
“Estamos
muito preocupados. A situação pode ficar como Gaza, e Israel emitir mais ordens
de evacuação que me forcem a deixar minha cidade natal. Não foi assim em 2006,
isso é muito difícil. Eles não destruíram tanto assim”, disse o pescador
Khalil Ali à Reuters.
A guerra
transformou a tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma
cidade-fantasma.
O prefeito
de Tiro, Hassan Dabouq, disse à Reuters que apenas um quarto dos moradores
permanecia na cidade, e muitos temiam que a destruição que assolou o enclave
palestino de Gaza estivesse chegando para eles também.
“É o
mesmo povo, a mesma guerra, a mesma mentalidade e os mesmos (oficiais
israelenses), com o mesmo apoio dos americanos e europeus. Os elementos são os
mesmos, então por que seria diferente no Líbano?” disse Dabouq.
No porto de
Tiro, dezenas de embarcações estavam ancoradas na manhã de quarta-feira.
Normalmente, essa área estaria cheia de atividades enquanto os pescadores
traziam suas capturas para vender aos comerciantes, mas agora está
assustadoramente silenciosa. Alguns pescadores estavam presentes, não para
pescar, mas para verificar seus barcos.
Lojas e
restaurantes estavam fechados, e os refrigeradores que antes mantinham peixe
fresco estavam vazios e desligados.