Brasil busca medalha histórica no Mundial de ginástica; veja análise

Brasil busca medalha histórica no Mundial de ginástica; veja análise

Rebeca Andrade e Flávia Saraiva lideram time brasileiro na tentativa de um pódio inédito por equipes e da consequente vaga antecipada nas Olimpíadas

Por Marcos Guerra — Liverpool, Inglaterra - 01/11/2022 08h39 Atualizado

O Brasil vai buscar um pódio histórico no Mundial de ginástica artística. Nesta terça-feira, a partir das 15h15 (de Brasília), Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Carolyne Pedro tentam pela primeira vez colocar o país no pódio da disputa por equipes, a prova mais tradicional da modalidade. Se ao menos confirmar a terceira posição da classificatória, o Brasil vai levar além da medalha uma vaga antecipada nas Olimpíadas de Paris 2024.

– A gente acha que tem ainda uma reserva. Vamos tentar realizar tudo na final por equipes. Vamos ver se a gente consegue um bom resultado. Vamos torcer para que essa bandeira fique lá no alto, que a gente consiga essa medalha. A ginástica (do Brasil) evoluiu muito. A gente vai melhorando cada vez mais – disse a técnica Iryna Ilyashenko.

O sportv 2 transmite ao vivo as finais do Mundial, e o ge acompanha as disputas por medalhas em tempo real.

Na classificatória, o Brasil somou 163,563 pontos, ficando atrás apenas de Estados Unidos (167,263) e da anfitriã Grã-Bretanha (164,595). Dois pontos são fundamentais para as brasileiras repetirem o desempenho no Top 3 ou até melhorarem: o desempenho de Flávia Saraiva e o desempenho na trave.

Junto com a campeã olímpica Rebeca Andrade, Flavinha é o pilar da equipe. Teve uma execução excelente no solo da classificatória – foi líder do aparelho -, mas contou com uma queda na trave e saiu com dores no tornozelo direito, operado no ano passado. Ela chegou a ser dúvida para a final desta terça, mas foi liberada pela equipe médica da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e está inscrita em todos os aparelhos.

A trave pode ser o aparelho-chave para o pódio. O Brasil tem o segundo maior potencial de notas no aparelho (pode chegar a 17,5 pontos de dificuldade), atrás apenas da China (até 18,8 de dificuldade), mas as duas equipes falharam bastante na classificatória. O Brasil contou com uma queda de Flavinha. Julia fez uma série aquém do que pode executar, deixando de ligar elementos. Rebeca Andrade passou bem, só teve um desequilíbrio médio. É o aparelho em que o Brasil tem maior margem para crescer na final, é também o que mais derrubou equipes em Liverpool.

Vale ressaltar que diferentemente da classificatória, não há nota de descarte na final. As três séries de cada país em cada aparelho valem para o somatório final. Assim, uma queda tem um peso maior nesta terça-feira.

As brasileiras já disputaram uma final neste formato em julho. Elas lidaram bem com a pressão, acertaram todas as séries e venceram o Campeonato Pan-Americano, superando pela primeira vez os Estados Unidos, que não estava com sua força máxima. Somando 162,999 no Pan, o Brasil só ficou atrás nas competições classificatórias para o Mundial de China (167,366) e Itália (165,163), as principais adversárias por uma medalha nesta terça.

Esta vai ser apenas a quinta vez na história que o Brasil disputa uma final por equipes femininas em um Mundial. A melhor posição do país na prova foi a quinta colocação de 2007, quando o grupo era composto por Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypolito, Lais Souza, Ana Claudia Silva e Khiuani Dias. Em Olimpíadas, o Brasil foi à final duas vezes (Pequim 2008 e Rio 2016), sempre acabando na oitava posição.

 

 

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