Brasil tem primeiro caso de influenza aviária em aves domésticas
Brasil tem primeiro caso de influenza aviária em aves domésticas
Para Ministério da Agricultura, consumo não corre risco.
Publicado em 28/06/2023 - 11:59 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Brasil
registrou a primeira ocorrência de vírus da influenza aviária em aves
domésticas. O caso ocorreu em uma criação de subsistência localizada no quintal
de uma casa na cidade da Serra, no Espírito Santo. Segundo o Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa), havia no local criação de pato, ganso, marreco e
galinha.
“Esse é o
primeiro foco detectado em aves domésticas em criação de subsistência desde a entrada
do vírus no Brasil, no dia 15 de maio. É importante ressaltar que a ocorrência
do foco confirmado em aves de subsistência não traz restrições ao comércio
internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de
produtos avícolas permanecem seguros”, informou, em nota, o ministério.
Segundo as
autoridades, medidas sanitárias já estão sendo aplicadas para contenção e
erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Além
disso, estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves
domésticas na região relacionada ao foco.
“A depender
da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas
poderão ser adotadas pelo Ministério da Agricultura e pelo Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) para evitar a disseminação do
vírus e proteger a avicultura nacional”, explicou a pasta.
Segundo o
ministério há, no país, 50 focos de IAAP detectados em aves silvestres no
Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo.
Informações
atualizadas sobre os focos da doença podem ser acessadas por meio do Painel BI.
O site informa também as espécies que já foram afetadas pelo vírus da influenza
aviária.
“Trabalho de
excelência”
Diante da
situação, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota na
qual ressalta o que qualifica como “trabalho de excelência” conduzido de forma
“transparente” pelo Ministério da Agricultura e pelas secretarias de
agricultura estaduais.
“A ABPA
lembra que, como situação de fundo de quintal, o foco identificado não gera
qualquer alteração no status do Brasil como livre da enfermidade perante a
Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue
sem qualquer registro”, diz a nota da associação.
A entidade
não acredita que o caso resulte em qualquer alteração no fluxo das exportações.
“Segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no
consumo dos produtos”, informou a ABPA, ressaltando que os protocolos
sanitários mantidos pela avicultura industrial do Brasil mantêm-se “nos mais
elevados padrões de biosseguridade, preservando as unidades produtivas perante
a enfermidade”.
Notificações
Em nota, o
Ministério da Agricultura informou, nesta quarta-feira (28), em Brasília, que
as ações de comunicação sobre a doença e as principais medidas de prevenção
foram reforçadas para aumentar a conscientização e sensibilizar a população e
os criadores de aves, com destaque para a imediata notificação de casos
suspeitos da doença e para o fortalecimento das medidas de biosseguridade.
“O contato
direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela
população. Todas as suspeitas de IAAP em aves domésticas ou silvestres,
incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou
mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão
estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e
Pecuária por qualquer meio ou pelo e-Sisbravet”, advertiu o ministério.
Edição:
Kleber Sampaio