Brasileira relata terror após região em que familiares estão, no Líbano, ser bombardeada: ‘Entrei em pânico’
Brasileira relata terror após região em que familiares estão, no Líbano, ser bombardeada: 'Entrei em pânico'
Nasseryn vive com o pai e a avó em Beirute, mas em bairros diferentes. Os familiares estão próximos ao bairro de Bashoura, que foi atacado na noite desta quarta-feira (2).
Por Patrícia Marques, g1 SP — São Paulo
Uma
brasileira que vive em Beirute, no Líbano – país que está sofrendo com
bombardeios do governo de Israel – teme pela vida de familiares que vivem em
uma região que está sendo fortemente atacada.
Nasseryn, o
pai e a avó estão em cidades diferentes. Os familiares estão próximos a
Bashoura, que sofreu um ataque na noite desta quarta-feira (2), pelo horário de
Brasília.
“Não
paro de tremer, fiquei sabendo que bombardearam uma região próxima a cidade
onde meu pai e minha avó estão. Entrei em pânico, ligava para ele e ele não
atendeu- já comecei a pensar no pior. Até que ele atendeu e disse que, por
enquanto, estavam bem”, diz
Israel
lançou novos ataques em Beirute, no Líbano, na madrugada de quinta-feira (3),
pelo horário local — noite de quarta-feira (2) no Brasil. Pelo menos cinco
pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde
libanês. Segundo as Forças de Defesa de Israel, ataques de precisão estão sendo
lançados contra o grupo extremista Hezbollah. Explosões foram reportadas nos
subúrbios ao sul de Beirute, além da região central da capital.
Nos últimos
dias, Israel lançou uma série de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em
Beirute. Além disso, os militares mantêm uma frente de batalha no sul do país,
na região de fronteira.
Entenda o conflito
Israel disse
que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah.
Embora tenha
atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte
influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos
terroristas do Hamas.
Os
extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em
solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos
meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do
grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês
seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que
acabou sendo repelida.