Campos Neto defende estabilidade monetária para combater a pobreza
Campos Neto defende estabilidade monetária para combater a pobreza
Inflação aprofunda as desigualdades sociais, diz presidente do BC.
Publicado por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
O presidente
do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (28), em São
Paulo, que controlar a inflação faz parte do combate à pobreza e desigualdades
sociais.
“A inflação
impacta negativamente os índices de pobreza e atinge de forma desproporcional
os mais vulneráveis, aprofundando as desigualdades sociais”, afirmou ao
participar da reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais
do G20, um fórum de cooperação econômica internacional criado em 1999 e formado
por 19 países.
Ele se disse
ainda alinhado ao governo federal e reafirmou parte do discurso proferido pelo
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou antes do presidente do BC.
“Lutar contra a pobreza e a desigualdade [representa] o centro das nossas
propostas”, enfatizou.
“A melhor
contribuição da política monetária para o crescimento sustentável, baixo
desemprego, aumento de renda e melhora das condições de vida da população é
manter a inflação baixa, estável e previsível”, acrescentou Campos Neto ao
defender a importância da estabilidade dos preços para a população.
Estabilidade
Segundo o
presidente do Banco Central, o trabalho em sincronia das autoridades monetárias
proporcionou um momento de estabilidade a nível global.
“Após ação
sincronizada dos bancos centrais, tivemos progresso em reduzir a inflação. Mas
o processo ainda não acabou. Ainda há riscos pela frente e [há] trabalho para
ser feito na reta final”, sustentou.
Para Campos
Neto, o aumento do endividamento dos governos durante a pandemia de covid-19 é
um tema que precisará ser enfrentado no futuro.
Edição:
Kleber Sampaio