Caos no Equador: criminosos mantêm 178 agentes reféns em penitenciárias, diz governo

Caos no Equador: criminosos mantêm 178 agentes reféns em penitenciárias, diz governo

Forças especiais ainda não conseguiram libertar funcionários de presídios, sequestrados desde domingo (7), quando governo começou caça por líder de facção que fugiu da cadeia. País decretou estado de exceção, e 16 pessoas morreram em conflitos e explosões.


Por g1

Quatro dias após o início da crise de segurança que fez o Equador decretar estado de exceção, presidiários de cartéis e de grupos criminosos ainda mantêm 178 agentes penitenciários reféns dentro de presídios do país, segundo um relatório do governo equatoriano divulgado nesta quinta-feira (11).

Desde que a crise começou, na segunda-feira (8), o sequestro de agentes que trabalham em presídios foi uma das primeiras ações dos criminosos, em retaliação ao governo equatoriano, que enviou milhares de policiais para caçar Adolfo Macías, conhecido como Fito e líder da facção criminosa Los Choneros, que fugiu da prisão no domingo (7).

Segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira pelo governo, 39 funcionários de presídios foram sequestrados ao longo da quarta-feira (10). No total, 178 agentes estavam em poder dos bandidos até a tarde de quinta-feira, segundo o relatório.

De acordo com o órgão que administra os presídios, os bandidos impedem a entrada de forças especiais com intensos disparos e bombas.

O Equador vive desde domingo uma onda de violência que já deixou 16 mortos. Cidades como a capital, Quito, e Guayaquil, registraram explosões, tiroteios, carros queimados e sequestros de civis, entre eles o brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que vive no país.

Na quarta-feira, o Itamaraty afirmou que Freitas foi libertado e passa bem.

 

Crise

A crise de segurança que atinge o Equador começou após a fuga do líder dos Los Choneros, uma das facções criminosas mais temidas do país, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos.

O presidente, Daniel Noboa, declarou estado de exceção e colocou o Exército nas ruas para lutar contra facções e cartéis.

O caos tomou novas proporções na terça-feira (9), quando uma universidade em Guaiaquil e uma emissora de TV local foram invadidas por homens armados com revólveres e bombas.

A crise faz parte de uma onda de violência que vem tomando conta do país desde agosto de 2023, quando a eleição presidencial que deveria ocorrer apenas em 2025 foi antecipada após a dissolução da Assembleia Nacional.

Em agosto, às vésperas da votação, Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, foi morto a tiros à luz do dia ao sair de um comício. 

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