Carille elogia torcida do Santos no Morumbis, mas quer fase decisiva do Paulista na Vila Belmiro

Carille elogia torcida do Santos no Morumbis, mas quer fase decisiva do Paulista na Vila Belmiro

Técnico do Peixe diz que ambição é manter a liderança geral para ter vantagem na fase final do estadual; Palmeiras, com um jogo a menos, ainda pode passar o time.

Por Yago Rudá — São Paulo

O técnico Fábio Carille elogiou a participação da torcida do Santos na vitória sobre o São Bernardo por 2 a 1, neste domingo, no Morumbis, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista.

O treinador do Peixe disse não se lembrar da última vez em que comandou uma equipe em um estádio com mais de 50 mil pessoas e destacou que o resultado leva o time de volta para a liderança do Paulistão, mas ainda com um jogo a menos que o Palmeiras.

– Voltamos para a liderança, o Palmeiras pode nos passar. A festa foi linda, não me lembro do último jogo que trabalhei com mais de 50 mil pessoas, a torcida comprou a ideia, vi vans do interior vindo para cá, uma briga para comprar ingresso. Que festa bonita! Fico feliz de participar disso depois de tantos anos difíceis para o Santos.

Apesar de estar feliz com a presença da torcida na capital paulista, o treinador santista enxerga que o clube deva levar as partidas da fase final do estadual para a Vila Belmiro. No entanto, não descarta um retorno para São Paulo durante a disputa da série B do Campeonato Brasileiro.

– Penso que em alguns momentos poderemos jogar aqui. Isso pode acontecer, não sei se em um momento tão decisivo de Paulista, isso tem que ver com a diretoria. Se vier pra cá, não vejo problema algum. O que a diretoria acatar, será feito. No Paulistão, não acredito, mas no Brasileirão pode ser que sim.

Carille também ressaltou que mira, nas próximas rodadas, a luta para ter a melhor campanha geral do Paulistão e poder, nas fases seguintes, ter a vantagem de decidir os jogos dentro da Vila Belmiro.

– Quero agradecer ao São Paulo que deu uma condição legal para nós. Molharam o campo, o time é experiente. Se eu tivesse um time mais jovem, teria mais cuidado. Sei a força da Vila, é forte ali dentro, mas temos um time forte. Temos ambições. Quanto mais lá em cima, mais chances temos de jogar em casa. Temos ambição e vamos chegar sério para chegar na semi, final e talvez um título para a nossa casa.

 

Confira outros trechos da entrevista de Fábio Carille:

 

Giuliano fora do jogo

– Não foi decidido hoje. Ele quis vir, ficar junto, participar da festa, sentir o calor da torcida. Ele participou muito dos treinos, mas está faltando um pouco mais de confiança. Estamos em um momento para não correr riscos. Ele está em campo e vai participar bastante.

 

Aproveitamento de jogadores da base

– Vai depender muito das oportunidades e do momento. Estamos classificados, mas queremos ficar no primeiro em geral. O Patati já trabalhou comigo, conheço ele, sei que a participação dele no Catar foi muito boa. Não tinha a ideia de trazê-lo para o jogo, colocamos de última hora. É um jogador que não sente, foi criado no Santos. O Hyan e o Chermont começaram essa semana, vamos observar bem para que eles possam ter mais oportunidades.

 

Ausência de um meia armador

– Penso que com o tempo e a inteligência, o Willian e o Otero podem me dar uma resposta ali (no meio). No gol que tomamos, afrouxamos a marcação. O calor está alto, não é fácil comer frango e macarrão às 8h, sabemos que tem jogador que gosta de acordar meio-dia. É um horário complicado. Serão jogos difíceis. A Série B será assim, sei que enfrentaremos casa cheia em diversas oportunidades, mas é bom que seja assim para nos acostumar.

 

Willian Bigode

– Conheço desde 2011, trabalhei com ele no Corinthians e sei o profissional que é. Tive uma dúvida de iniciar com ele ou não. É uma questão de calor, de horário. Daqui a pouco, você deixa para o fim e vê como funciona. É um profissional exemplar, trabalhar como qualquer um e está focado nos nossos objetivos.

– Semana legal, controlada, junto com a preparação física. Não treinamos pela manhã, continuamos o trabalho de programação. Faltou muita coisa no jogo, fisicamente estivemos abaixo por conta do calor e do mormaço. Tenho que entender o dia, a hora e o calor. Enfrentamos um adversário difícil, daqui para frente temos uma sequência. O grupo todo está ciente do que temos pela frente e daquilo que queremos.

 

Morelos

– Conheço há muito tempo, acredito no potencial, é um cara de área, de movimentações interessantes. Com o tempo, o grupo pode entender melhor e fazer com que ele participe mais e agrida mais o adversário.

 

Meia aberto no segundo tempo

– Não conseguimos pressionar os zagueiros. Essa era a ideia. Com bola, o Willian teria que rodar um pouquinho, acho que ele é quem tem mais características para jogar perto do 9. Quando colocamos dois jogadores assim, vamos mais pelos lados. O jogo passa a ser pelos lados. Achamos um bom cruzamento e conseguimos a vitória. Característica de meia são os dois (Giuliano e Cazares). De resto, vamos tentando.

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