Carnaval de rua de São Paulo terá mais de 500 desfiles
Carnaval de rua de São Paulo terá mais de 500 desfiles
A prefeitura estima 15 milhões de pessoas na folia.
Publicado em 02/02/2023 - 19:49 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
O carnaval
de rua da cidade de São Paulo terá 511 desfiles autorizados, conforme anúncio
feito hoje (2) pela prefeitura. A maior parte dos blocos vai sair na zona
oeste, onde estão previstos 145 desfiles, e no centro, com 121 blocos. A festa
engloba o pré-carnaval, nos dias 11 e 12 de fevereiro, e o pós-carnaval, nos
dias 25 e 26 de fevereiro, além do feriado prolongado de 18 a 21 do mesmo mês.
A estimativa
da prefeitura é que a festa deste ano supere as 15 milhões de pessoas que
estiveram nas ruas da capital paulista em 2020. “As pessoas estão com muita
vontade de brincar depois da pandemia [de Covid-19]”, ressaltou o secretário
municipal de Subprefeituras, Alexandre Modonezi. Ele disse, no entanto, que só
será possível ter um número final de público após a festa.
Descentralizado
Segundo a prefeitura, foi feito um esforço para incentivar o carnaval fora da região central da cidade. De acordo com Modonezi, 48,9% dos blocos devem desfilar nos bairros e áreas periféricas da cidade. “Isso representa exatamente essa descentralização e esse incentivo da cidade aos blocos de carnaval na periferia”, disse. Estão previstos para a zona leste, 68 blocos; na zona sul, 101; e na zona norte, 76.
No final do
ano passado, a Secretaria Municipal de Cultura lançou um edital de R$ 3 milhões
para apoiar 300 blocos. De acordo com a titular da pasta, Aline Torres, o
objetivo foi justamente fortalecer os grupos periféricos, que não tem acesso a
patrocínio. “Ele foi pensado justamente para que a gente consiga fazer um
fomento de ajuda para esses blocos, até porque eles ficaram dois anos sem
carnaval e sem atividades. Muitos desses blocos fazem festas comunitárias”,
explicou.
Conforme a
secretária, os blocos de carnaval ocupam um espaço cada vez maior na cena
cultural e social da capital paulista. “A gente tem um entendimento também da
maneira como as escolas de samba se criaram na cidade de São Paulo e hoje são
um braço sociocultural da cidade, muitos blocos também fazem essa função. Os
grandes fazedores do carnaval, esses blocos tradicionais, periféricos, que
fazem oficinas de percussão com os jovens da periferia, que fazem esse trabalho
social, durante os dois anos de pandemia foram muito prejudicados”,
acrescentou.
Para
garantir que os grupos conseguissem acessar os recursos, a secretária disse que
foi oferecida formação para ajudar os representantes dos blocos a se
inscreverem na premiação. Um procedimento que deve ser aplicado, de acordo com
ela, em outras ações da pasta. “Uma grande missão da secretaria em 2023 é fazer
formação para que cada vez mais grupos, coletivos e blocos carnavalescos
consigam participar dos nossos fomentos”.
O dinheiro
do edital de apoio aos blocos, no entanto, ainda não foi liberado. De acordo
com Torres, a previsão é que os recursos estejam disponíveis para os grupos nos
próximos dias.
Megablocos
Os chamados megablocos, que reúnem mais de 40 mil pessoas, devem desfilar em seis pontos da cidade: na Rua da Consolação (região central); na Rua Luís Dumont Villares (zona sul); no Parque do Ibirapuera (zona sul); na Avenida Faria Lima (zona oeste); na Avenida Marquês de São Vicente (zona norte) e na Rua Laguna (zona sul).
Nesses
pontos e em todos os locais onde estão previstos desfiles, a Polícia Militar
informou que irá reforçar o policiamento, aumentando as escalas e deixando todo
o contingente, inclusive aquele que normalmente desempenha funções
administrativas, de sobreaviso.
Haverá
ambulâncias e leitos hospitalares para garantir o atendimento médico, caso
necessário, aos foliões.
Edição:
Carolina Pimentel