Carta-bomba é enviada a Embaixada dos EUA em Madri, em alerta por terrorismo

Carta-bomba é enviada a Embaixada dos EUA em Madri, em alerta por terrorismo

Seis endereços da capital espanhola já receberam correspondência com explosivos: a Embaixada da Ucrânia, o gabinete do primeiro-ministro espanhol, o prédio do Ministério da Defesa, uma base militar e uma fabricante de armas, além do edifício do governo norte-americano.

Por g1 01/12/2022 10h40  Atualizado há uma hora

A Embaixada dos Estados Unidos foi o novo alvo de uma onda de cartas-bomba enviadas a endereços do governo e da diplomacia em Madri, na Espanha, desde quarta-feira (30). Na tarde desta quinta-feira (1º), o prédio do governo norte-americano na capital espanhola recebeu uma correspondência com explosivos, que foi desativada.

Esta é a sexta carta-bomba detectada na cidade em 24 horas. Até agora, a polícia espanhola já detectou correspondências similares nos seguintes endereços:

 

O gabinete do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez;

O prédio do Ministério da Defesa do país;

A base militar de Torrejón de Ardoz, a principal da Espanha;

A Embaixada da Ucrânia em Madri;

A Embaixada dos Estados Unidos em Madri;

Uma fabricante de armas em Zaragoza, no oeste

 

Segundo a polícia espanhola, o conteúdo do pacote de todas as cartas-bomba é similar. O remetente ainda não foi encontrado, mas investigadores afirmam que as correspondências foram enviadas de dentro da Espanha.

Apenas na Embaixada da Ucrânia, a correspondência provocou uma explosão – um funcionário, que abriu o pacote, machucou os dedos mas passa bem, segundo o embaixador ucraniano. Em todos os outros endereços, o conteúdo foi detectado antes de que fosse aberto.

O Ministério do Interior do país ordenou que policiais e o esquadrão antibombas reforcem a segurança em todos os prédios públicos e sedes diplomáticas de Madri nesta quinta-feira.

A Espanha, ao lado de países da União Europeia, apoia o governo da Ucrânia na guerra no país contra a Rússia e envia constantemente armamentos ao Exército ucraniano.

O único endereço para onde explosivos foram enviados e que não pertencem ao governo espanhol é justamente uma fabricante de armas, o que levantou a suspeita de que o remetente pode ter alguma ligação com grupos de apoio à investida da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano.

Em setembro, em um pronunciamento após atacar Kiev, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou a União Europeia caso os países do bloco continuassem a enviar armamento para a Ucrânia.

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