Caso Daniel Alves: par de tênis pode ser chave para atestar ou negar presença em banheiro, diz jornal
Caso Daniel Alves: par de tênis pode ser chave para atestar ou negar presença em banheiro, diz jornal
Segundo o "La Vanguardia", acusação afirma que calçados visíveis em reflexo de espelho indicariam que brasileiro segurou porta para vítima entrar no banheiro de boate. Testemunhas vão depor nesta sexta.
Por Redação do ge — Barcelona, Espanha 03/02/2023 06h18 - Atualizado há 7 horas
Um par de
tênis pode ser a chave para atestar ou negar a presença de Daniel Alves no
banheiro da boate onde uma jovem afirmou ter sido vítima de agressão sexual
pelo jogador brasileiro no fim do ano passado. De acordo com o jornal “La
Vanguardia”, apesar de Daniel estar em um ponto cego das imagens de
segurança, é possível ver tênis brancos no reflexo de um espelho quando a jovem
entra no banheiro. E, enquanto a acusação tentará provar que os calçados são do
jogador, a defesa tenta usar o elemento para provar que o brasileiro não estava
dentro da cabine naquele momento.
Segundo o
relato da jovem, Daniel Alves teria insistido para que ela entrasse no banheiro
por diversas vezes. A defesa do jogador tenta indicar que foi ela quem entrou
no local por vontade própria, dois minutos depois do brasileiro. Mas a acusação
usaria a imagem dos tênis para afirmar que é Daniel quem segura a porta para
que ela entrasse no banheiro.
A defesa de
Daniel Alves seguiria trabalhando para provar que os tênis não pertencem a
Daniel Alves e que não havia “situação de dominação ou medo” naquele
momento. A vítima alega que um dos motivos que a levou a entrar no banheiro
seria o temor de que fosse agredida na saída da boate ou até mesmo que alguém
“colocasse algo em sua bebida”, segundo o “La Vanguardia”.
O jornal
ainda destaca que esta é a versão da acusação para justificar o fato de que a
jovem não tenha saído imediatamente do local onde estava com Daniel Alves. A
defesa, por sua vez, sustenta que as imagens servirão para mostrar
inconsistências no depoimento da jovem.
Depoimentos
nesta sexta-feira
Nesta
sexta-feira, a juíza substituta Anna Marín ouvirá depoimentos que podem ser
importantes para o caso. Prestarão esclarecimentos funcionários da boate e as
duas amigas que acompanharam a jovem que acusa Daniel Alves.
Serão
ouvidos o garçom que convidou três jovens a se juntar a Daniel Alves e um amigo
em uma mesa reservada; o porteiro, que na saída teria visto a jovem chorando; e
o diretor da boate, que ouviu a acusação ainda no local e chamou a polícia.
Daniel Alves está preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro acusado de agressão sexual, que teria sido cometida no último dia 30 de dezembro. Uma jovem de 23 anos é quem acusa o jogador de ter forçado ato sexual e a agredido em um banheiro de uma boate, enquanto Daniel afirmou à polícia ter tido uma relação consensual. O jogador segue em uma penitenciária numa cidade vizinha à capital da Catalunha.