Censo 2022: Junqueirópolis é a única cidade da região de Presidente Prudente com população quilombola
Censo 2022: Junqueirópolis é a única cidade da região de Presidente Prudente com população quilombola
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgo nesta quinta-feira (27), os dados inéditos em todo o país.
Por Carlos Volpi
O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quinta-feira,
(27), os dados inéditos sobre a população quilombola em todo o país, através do
Censo 2022.
Na região de
Presidente Prudente-SP, a cidade de Junqueirópolis-SP é a única que possui
quilombolas entre os seus habitantes. De acordo com o IBGE, há oitos pessoas no
município que responderam aos recenseadores do IBGE que se consideram
quilombolas, o que representa 0,04% da população total de Junqueirópolis, de
20.448 habitantes.
No Brasil,
segundo o Censo 2022, a população é de 1.327.802 pessoas, correspondendo a
0,65% dos brasileiros. Há 1.696 municípios com população quilombola e 473.970
domicílios particulares permanentes com moradores quilombolas.
A região que
concentra a maior quantidade é o Nordeste, com 905.415 quilombolas,
correspondendo a 68,2% da população quilombola, seguida do Sudeste com 182.305
pessoas e o Norte com 166.069 pessoas, ambas contabilizando 26,24% da população
quilombola. Com 5,57% da população quilombola, as regiões Centro-Oeste e Sul
têm 44.957 e 29.056 pessoas, respectivamente.
Conforme o
Decreto n° 4.887/2003 do Governo Federal, quilombolas são grupos étnicos,
segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados
de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra
relacionada com a resistência à opressão historicamente sofrida.
Dados inéditos
Estes dados
são inéditos, já que é a primeira vez que o Censo incluiu em seus questionários
perguntas para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas.
Quem são os quilombolas?
Historicamente,
os quilombos eram espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de
pessoas escravizadas fugitivas entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da
abolição da escravidão, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura
“comunidades remanescentes de quilombos” — expressão que foi sendo substituída
pelo termo “quilombola” ao longo dos anos.
Uma pessoa
que se autodetermina quilombola tem, portanto, laços históricos e ancestrais de
resistência com a comunidade e com a terra em que vive.
Com
informações/Agência Brasil