Chama olímpica de Paris é acesa na Grécia e abre revezamento da tocha

Chama olímpica de Paris é acesa na Grécia e abre revezamento da tocha

Nuvens atrapalham que fogo seja gerado pelos raios do sol, e símbolo das Olimpíadas é aceso com flama reserva, produzida no ensaio para a cerimônia de acendimento.


Por Redação do ge — Olímpia, Grécia

A chama olímpica foi acesa nesta terça-feira, em uma cerimônia no Templo de Hera, em Olímpia, palco dos Jogos na Antiguidade, na Grécia. O fogo símbolo das Olimpíadas alimentou a tocha olímpica, que iniciou um revezamento contando com mais de 10 mil condutores até iluminar a pira dos Jogos de Paris, na cerimônia de abertura do dia 26 de julho.

Nuvens impediram que a chama fosse gerada a partir dos raios do sol com a ajuda de um espelho parabólico. Foi preciso usar o plano “B”, o fogo produzido pelos raios do sol no ensaio da cerimônia de acendimento, na segunda-feira. Assim, a flama mantém o ideal de pureza, simbolizando a paz e a amizade entre as nações.

A novidade da cerimônia desta terça foi a mudança no figurino das atrizes que interpretaram as sacerdotisas do Templo de Hera. No lugar do tradicional branco, os vestidos ganharam tons cinzas inspirados nas colunas gregas.

Atual campeão olímpico do skiff simples, o remador grego Stéfanos Doúskos foi o primeiro condutor da tocha olímpica, recebendo a chama das mãos da suma sacerdotisa do Templo de Hera, interpretada por Mary Mina. Ele entregou a chama para Laure Manaudou, dona de três medalhas nas Olimpíadas de Atenas 2004, incluindo o ouro dos 400m livre. A ex-nadadora foi a primeira francesa a conduzir o fogo símbolo dos Jogos.

Autoridades internacionais prestigiaram a cerimônia em Olímpia. Estiveram presentes o alemão Thomas Bach (presidente do Comitê Olímpico Internacional), Katerine Sakellaropoulou (presidente da Grécia), Aristidis Panagiotopoulos (prefeito de Olímpia), Spyros Capralos (presidente do Comitê Olímpico da Grécia) e o ex-canoísta francês Tony Estanguet (tricampeão olímpico e presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris).

– Nestes tempos difíceis, com guerras e conflitos em ascensão, as pessoas estão fartas de todo o ódio, da agressão e das notícias negativas. Ansiamos por algo que nos una, algo que unifique, algo que nos dê esperança. Nos tempos antigos, os Jogos Olímpicos reuniam as cidades-estado gregas, mesmo durante tempos de guerra e conflito. A chama olímpica representa uma peregrinação ao nosso passado na antiga Olímpia e um ato de fé no nosso futuro. Hoje, os Jogos Olímpicos são o único evento que reúne o mundo inteiro numa competição pacífica. Naquela época, como agora, os atletas olímpicos estão enviando esta mensagem poderosa: sim, é possível competir ferozmente uns contra os outros e, ao mesmo tempo, viver pacificamente juntos sob o mesmo teto – disse Bach.

Seguindo a tradição das Olimpíadas, a tocha olímpica vai percorrer primeiro a Grécia até ser entregue aos franceses no dia 26 de abril, em uma cerimônia no Panathenaic, em Atenas, histórico estádio construído para os Jogos de 1896, o primeiro da era moderna dos Jogos. A chama vai deixar a Grécia no dia 27 de abril a bordo do veleiro centenário Belem em direção a Marselha, cidade no sul da França que foi colônia grega. Em alinhamento com o foco na sustentabilidade, a chama vai cruzar o mar Mediterrâneo à vela e chegar ao país-sede dos Jogos no dia 7 de maio.

O revezamento da tocha vai ter 68 etapas na França a partir do dia 8 de maio, percorrendo 400 cidades franceses. Na rota do fogo símbolo dos Jogos estão inclusive os territórios ultramarinos da Guiana Francesa, de Reunião, de Nova Caledônia, da Polinésia Francesa, de Guadalupe e de Martinica. Assim, a chama vai percorrer mais três continentes além da Europa – América, África e Oceania.

A tocha das Olimpíadas de Paris foi projetada pelo designer Mathieu Lehanneur, que se baseou em três pilares: Paris, Igualdade e Paz. A tocha traz representações de elementos típicos de Paris, como a Torre Eiffel e as águas do Rio Sena.

As Olimpíadas de Paris contarão com mais de dez mil atletas de mais de duzentas nações e terá a cerimônia de abertura no dia 26 de julho de 2024. O Brasil tem 184 atletas classificados, com 187 vagas – Alison dos Santos, Matheus Lima e Ana Sátila estão classificados em duas provas. 

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