Chefe do Hamas foi morto por bomba escondida em área militar em Teerã, diz investigação de jornal
Chefe do Hamas foi morto por bomba escondida em área militar em Teerã, diz investigação de jornal
Ismail Haniyeh era o principal nome do braço político do grupo terrorista e foi assassinado em um ataque aéreo na madrugada. Hamas diz que ele foi atingido diretamente por um míssil.
Por g1
O chefe do
Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto não por um ataque aéreo, mas pela detonação de
uma bomba escondida em uma base militar em Teerã, no Irã, durante dois meses,
de acordo com uma investigação realizada pelo jornal “The New York
Times” divulgada nesta quinta-feira (1º).
Haniyeh, o
número 1 grupo terrorista, foi assassinado na quarta-feira (31) durante uma
vista ao Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano. O
vice-presidente Geraldo Alckmin também estava na cerimônia.
Irã e o
Hamas, além de diversos países do Oriente Médio, culparam Israel, que não se
posicionou. Hanyieh foi assassinado dentro da residência militar na qual estava
hospedado. Seu guarda-costas também foi atingido e morreu.
Segundo a
investigação do “The New York Times”, uma bomba foi implantada dentro
da residência há dois meses de forma secreta. A informação, segundo a
reportagem, foi confirmada ao jornal por sete autoridades de países do Oriente
Médio, incluindo dois iranianos e um norte-americano.
A
residência, que fica no norte do Teerã, faz parte das instalações da Guarda
Revolucionária do Irã, o braço mais poderoso do Exército iraniano, responsável
pela proteção de autoridades e por monitorar protestos nas ruas. Haniyeh, que
vivia no Catar e era também uma espécie de diplomata do Hamas, já havia se
hospedado diversas vezes na residência, ainda de acordo com autoridades ouvidas
pelo jornal norte-americano.
Na
quarta-feira, a imprensa estatal iraniana afirmou que a morte ocorreu por conta
de um ataque aéreo. Segundo as fontes ouvidas pelo “The New York
Times”, autoridades iranianas já sabiam que a morte ocorreu pela explosão
de uma bomba, mas não quiseram divulgar a informação para não mostrar fragilidade
da segurança no país.
Nas redes sociais, circulavam imagens de uma fachada da residência parcialmente destruída. A explosão, segundo relatos locais, causou o desabamento parcial da fachada, exatamente no quarto onde Haniyeh estava hospedado.