Chuvas torrenciais deixaram 15 mortes no sudoeste da China
Chuvas torrenciais deixaram 15 mortes no sudoeste da China
Onda de calor incomum é o principal vetor para a formação das chuvas que já afetaram centenas de milhares de pessoas.
Por France Presse 05/07/2023 07h49 - Atualizado há 7 horas
15 pessoas
morreram e 4 são consideradas desaparecidas após as chuvas torrenciais que
afetaram a metrópole de Chongqing e outras localidades do sudoeste da China,
informaram nesta quarta-feira (5) as autoridades locais e a imprensa estatal.
O país
registra há várias semanas fenômenos meteorológicos extremos, desde chuvas
intensas a ondas de calor escaldantes.
Os moradores
da capital, Pequim, e de outras regiões da China foram aconselhados a
permanecer em suas casas devido às temperaturas que superam 35ºC.
Na região
sudoeste do país, as chuvas torrenciais da semana “mataram 15 pessoas e
deixaram quatro desaparecidos em Chongqing”, informaram à AFP as
autoridades da cidade de 31 milhões de habitantes.
“As
tempestades intensas, principalmente em áreas ao longo do rio Yangtze,
provocaram inundações e desastres geológicos, afetando as vidas de mais de
130.000 pessoas em 19 distritos e condados”, afirmou a agência estatal de
notícias Xinhua.
O canal
público CCTV exibiu imagens de torrentes de água turva transbordando de várias
barragens e arrastando entulho no distrito de Wanzhou, em Chongqing.
O jornal People’s Daily, do Partido Comunista, publicou fotografias de funcionários dos serviços de emergência ajudando a resgatar os moradores de prédios residenciais inundados.
A
intensidade das chuvas provocou o desabamento de uma ponte ferroviária na
região de Chongqing, que foi atingida pelo “impacto das torrentes das
montanhas”, segundo a CCTV.
O governo
central enviou uma equipe de trabalho nesta quarta-feira à cidade para
supervisionar as operações de emergência.
Na
terça-feira, os serviços de meteorologia alertaram para o risco de desastres
naturais em julho, como inundações, tufões ou temperaturas elevadas.
O presidente
Xi Jinping ordenou que as autoridades de todos os níveis “priorizem a
garantia da segurança e as propriedades da população”, informou a Xinhua.
O ministério
das Finanças liberou 320 milhões de yuanes (R$ 212 milhões) para reforçar os
trabalhos de emergência e resgate nas regiões mais afetadas.
Mais de
460.000 pessoas foram afetadas pelas chuvas na província de Sichuan, vizinha de
Chongqing, e quase 85.000 foram obrigadas a abandonar suas casas, de acordo com
as autoridades locais, que citaram o risco de “inundações repentinas em
áreas montanhosas e possíveis deslizamentos de terra” esta semana.
Os
cientistas alertam que o aquecimento global aumenta a probabilidade e a
intensidade de fenômenos meteorológicos extremos como as inundações e ondas de
calor registradas nas últimas semanas em vários países asiáticos.
Em junho,
Pequim superou em 14 dias a temperatura máxima de 35ºC, igualando um recorde de
julho de 2000, segundo o jornal estatal Beijing Evening News.
Em um dia do mês passado, a temperatura na capital chinesa chegou a 41,1ºC, recorde para o mês de junho desde o início dos registros em 1961.