Comando de comissões e reforma tributária movimentam Congresso
Comando de comissões e reforma tributária movimentam Congresso
Câmara e Senado ficaram 11 dias sem atividades por causa do carnaval.
Publicado em 26/02/2023 - 13:30 Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Após 11 dias
sem atividades por causa do carnaval, na semana que vem, tanto na Câmara dos
Deputados como no Senado os gabinetes devem voltar a ficar movimentados com as
últimas articulações em torno do comando das principais comissões permanentes.
A escolha
das presidências desses colegiados – pelos quais passam as propostas
legislativas antes da votação final em plenário – quase sempre respeita
critérios de proporcionalidade com o tamanho das bancadas dos partidos e
blocos.
Na Câmara,
as atenções do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão
voltadas para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da
Casa, além de outras como Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, além da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
Essas
comissões também são disputadas por PP, MDB e PL, sendo a última a sigla do
ex-presidente, Jair Bolsonaro. Entre outras comissões, pela facilidade de
monitorar ações do governo federal, a Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle também está nos planos do PL. Outro pleito da legenda é a relatoria do
próximo Orçamento.
Já no
Senado, o PL tenta garantir ao menos a presidência da Comissão de
Infraestrutura. Apesar de ter a maior bancada na Casa, com a derrota do bloco
da minoria – PL, PP e Republicanos – para a presidência, a expectativa é de que
o PL fique com a Comissão de Assuntos Socais (CAS), que tradicionalmente não é
alvo de disputa acirrada.
Propostas
Em relação
as pautas prioritárias, o destaque é o grupo de trabalho criado com 11
deputados para tentar destravar a reforma tributária, que há anos se arrasta
sem avanços no Congresso. Liderado pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e com
relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na próxima semana – na
terça-feira (28) e na quarta-feira (1) –, o grupo deve se reunir para iniciar
as atividades oficialmente com a apresentação do plano de trabalho e, no dia
seguinte, para dar andamento à discussão.
O ato de
criação do grupo estima que os trabalhos sejam concluídos em até 90 dias. Nesse
período estão previstas audiências públicas e reuniões com órgãos e entidades da
sociedade civil organizada, profissionais, juristas e autoridades.
A
expectativa é de que um texto esteja pronto para votação entre dois e três
meses. Para dar agilidade ao debate, a equipe econômica do governo, comanda por
Fernando Haddad, defende a aprovação da reforma em duas etapas. A primeira
teria foco na mudança da tributação sobre o consumo e expectativa de aprovação
ainda no primeiro semestre. Já a segunda, a ser apresentada no segundo
semestre, traria mudança dos impostos sobre a renda.
Senado
Oficialmente,
na semana que vem, está prevista apenas uma sessão de entrega da comenda de
incentivo à Cultura na terça-feira (28), além de uma sessão solene para
relembrar o centenário da morte de Rui Barbosa (em 1/3/1923), marcada para 1º
de março.
O
requerimento para homenagear o patrono dos advogados, do Senado e do Tribunal
de Contas da União (TCU) é do presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco
(PSD-MG).
Edição:
Denise Griesinger