Conab estima safra recorde de 317,6 milhões de toneladas em 2023
Conab estima safra recorde de 317,6 milhões de toneladas em 2023
Volume significa expansão de 16,5%.
Publicado em 13/07/2023 - 11:03 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) informou, nesta quinta-feira (13), em
Brasília, que a previsão da safra brasileira de grãos 2022/23 será a maior já
produzida no país: 317,6 milhões de toneladas.
O volume
representa crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas acima da safra
2021/22. Os dados constam do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023.
O desempenho
decorre, principalmente, das lavouras de milho segunda safra e do crescimento
da área semeada de trigo e representa um resultado 0,6% superior ao divulgado
em junho último. A Conab disse, também, que o resultado favorável foi possível
em razão das boas condições climáticas.
“É com muita
alegria por poder passar para o nosso país os números tão expressivos e
positivos da previsão de safra 2022/20223. A previsão que divulgamos agora não
só consolida números tão positivos de uma safra recorde que o nosso país terá,
mas também está prevendo mais um aumento”, disse o presidente da Conab, Edegar
Pretto.
“A
agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar
números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem
aumentos de produtividade”, acrescentou.
Colheita
Segundo
boletim divulgado pela companhia, no fim de junho, as culturas de primeira
safra – com exceção do milho – tinham a colheita encerrada. As de segunda safra
já estão em processo inicial de colheita, com os estágios de enchimento de
grãos e maturação.
As de
terceira safra, juntamente com as culturas de inverno, encontram-se em fase
final de plantio para início de colheita. O volume final da colheita vai depender
do comportamento climático.
Para o
milho, a previsão é que a safra fique em 127,8 milhões de toneladas, incluindo
as três safras. O aumento é de 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da
cultivada em 2021/22.
O
levantamento mostra, ainda, que a soja – o principal produto cultivado no país
– deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas,
o que representa expansão de 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida
no ciclo passado.
“Outras
culturas – algodão, feijão e sorgo – seguiram o movimento de alta e
apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos
de inverno – aveia, centeio e trigo – apontam para redução no volume produzido
em comparação com a safra anterior”, informou a Conab.
Expansão
O
levantamento aponta ainda uma estimativa de área plantada de 78,2 milhões de
hectares, o que representa expansão de 4,9% com mais 3,7 milhões de hectares
somados à semeada em 2021/22. Os maiores incrementos são observados na soja,
com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no
trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).
A estimativa
é que o aumento da produção brasileira deve elevar o volume de exportações de
milho em 2023 em razão da maior demanda internacional. A projeção é que 48
milhões de toneladas do cereal sairão do país. Para o estoque interno também há
previsão de aumento de 27,6% ao fim deste ano safra, chegando a 10,3 milhões de
toneladas.
Com relação
à soja, o boletim aponta que as exportações continuam estimadas em 95,64
milhões de toneladas, uma alta percentual de 21,5% comparada à safra anterior.
“Neste
levantamento, a Conab ajustou os números de esmagamentos da oleaginosa, de
52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas, em decorrência do
aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais antes estimados em
7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas”, finalizou
a companhia.
Edição:
Kleber Sampaio