Confiança do comércio fica estável em dezembro, aponta FGV-Ibre
Confiança do comércio fica estável em dezembro, aponta FGV-Ibre
Segundo a fundação, a estabilidade ocorreu pela piora na percepção de vendas com o momento presente e uma leve alta nas expectativas.
Por Valor Online 29/12/2022 09h17 Atualizado há 26 minutos
O Índice de
Confiança do Comércio (ICOM) ficou estável em dezembro, aos 87,2 pontos,
segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
(FGV-Ibre). Segundo a instituição, é o menor patamar desde abril (85,9 pontos).
Já na
métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,9 pontos, o segundo
recuo seguido após oito meses consecutivos de resultados positivos.
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setor de serviços cai em dezembro para o menor nível desde fevereiro de 2021
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“A confiança
do comércio encerra 2022 em baixa. Depois de registrar forte queda em novembro,
o ICOM estabilizou em dezembro em nível relativamente baixo, próximo ao que se
observava em fevereiro deste ano”, afirma, em nota, Rodolpho Tobler, economista
do FGV-Ibre.
“A
estabilidade no mês ocorreu pela piora na percepção de vendas com o momento
presente, e uma leve alta nas expectativas, mas que precisa ser relativizada
pelo nível baixo que ainda se encontra”, acrescenta.
De acordo com Tobler, “enquanto persistir o período de inflação alta, juros em patamar elevado, consumidores com a renda média baixa e endividamento alto, é difícil imaginar uma volta à trajetória ascendente da confiança dos empresários do setor”.
O Índice de
Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,0 ponto para 88,7 pontos, menor desde março
(87,6 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,9 ponto, para
86,1 pontos, “influenciado pela melhora do indicador que projeta a tendência
dos negócios seis meses à frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos”, diz o
FGV-Ibre, na nota.
“No entanto,
no horizonte de mais curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas.
O indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de
2021 (68,8 pontos).”
A
instituição nota, ainda, que, depois de registrar forte queda em novembro e
estabilidade em dezembro, a confiança do comércio encerra o quarto trimestre em
queda.
“A
piora no trimestre foi mais influenciada por uma acentuada queda do ISA-COM,
reforçando o cenário de desaceleração da demanda no setor. Pelo lado das
expectativas, também houve queda, mas em ritmo menos intenso. A confiança do
comércio encerra 2022 perdendo parte do que foi recuperado ao longo do
ano.”