Confiança dos consumidores cai 3,3 pontos em novembro

Confiança dos consumidores cai 3,3 pontos em novembro

Queda foi influenciada pela piora das avaliações sobre o momento e pela redução das expectativas em relação aos próximos meses

Por g1 24/11/2022 08h08  Atualizado há 14 minutos

O Índice de Confiança do Consumidor do FGV Ibre caiu 3,3 pontos em novembro, para 85,3 pontos, o menor nível desde agosto (83,6 pontos).

De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens, a confiança dos consumidores caiu pelo segundo mês consecutivo principalmente por causa do fim do efeito das transferências de renda, que fez os consumidores de baixa renda voltarem a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e passaram a revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses.

“Mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho, há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses. É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil”, afirma.

Após três meses de alta, o Índice de Situação Atual caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos, o menor nível desde julho de 2022 (70,3 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos, pelo segundo mês consecutivo.

Houve piora da satisfação das famílias sobre a situação econômica e as finanças pessoais no momento. Mas o que mais contribuiu para a queda foi a situação financeira das familias nos próximos seis meses.

 

Por faixas de renda

A análise por faixa de rendas mostra perda de confiança em todas, exceto para os consumidores de maior poder aquisitivo (renda acima de R$ 9.600,01).

A avaliação dos consumidores de renda mais baixa sobre a situação financeira das famílias voltou a cair influenciada após a melhora dos últimos meses motivada pelos incentivos fiscais e transferências de renda.

Para as classes de renda mais alta, os consumidores continuam revisando suas expectativas para baixo, mas há algum espaço para consumo nos próximos meses, informa o Ibre.

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