Congresso empossa hoje 513 deputados e 27 senadores
Congresso empossa hoje 513 deputados e 27 senadores
Trânsito na Esplanada dos Ministérios terá restrições.
Publicado em 01/02/2023 - 07:09 Por Heloisa Cristaldo* - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Os 513
deputados e 27 senadores eleitos em outubro de 2022 serão empossados nesta quarta-feira (1º), em
Brasília. Após a posse, serão eleitas as mesas diretoras da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
A mesa é
responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
administrativos de cada uma das casas. Entre suas atribuições, está a
promulgação de emendas à Constituição pelas mesas de Câmara e Senado. A mesa
diretora é composta pela presidência (presidente e dois vices-presidentes) e
secretaria – formada por quatro secretários e quatro suplentes.
Câmara
Os deputados
federais tomarão posse em sessão às 10 horas, no plenário Ulysses Guimarães. À
tarde, às 16h30, será iniciada a sessão para a eleição do novo presidente da
Câmara e da mesa diretora para o biênio 2023/2024.
Segundo o
regimento interno, os blocos partidários determinam a composição da mesa.
Quanto maior o bloco, maior o número de cargos. Os cargos são distribuídos
entre os partidos integrantes de cada bloco. Se preferirem, os partidos podem
atuar sozinhos, sem integrar nenhum bloco.
O andamento
das eleições é coordenado pelo deputado mais idoso com o maior número de
legislaturas. A votação só será iniciada
quando houver, pelo menos, 257 deputados no plenário.
A apuração é
realizada por cargo, iniciando-se pelo presidente da Câmara. Para ser eleito, o
candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o
mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão
apurados os votos dos demais integrantes da mesa diretora: dois
vices-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.
Senado
Com a
renovação de um terço das vagas dos 81 de senadores, os novos congressistas
tomam posse às 15h, no plenário. Os mandatos são de oito anos e vão até
fevereiro de 2031. Entre os empossados, cinco foram reeleitos: Davi Alcolumbre
(União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e
Wellington Fagundes (PL-MT).
Outros
quatro foram nomeados como ministros do governo Lula: Camilo Santana (PT-CE),
da ministro da Educação; Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública;
Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e Wellington Dias (PT-PI), do
Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.
Segundo a
Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no
Congresso Nacional. Logo após serem empossados como senadores, os quatro devem
retornar aos ministérios e deixar as cadeiras com os suplentes de cada chapa.
Camilo
Santana tem como suplentes Augusta Brito (PT) e Janaina Farias (PT). No caso de
Flávio Dino, as suplentes são Ana Paula Lobato (PSB) e Lourdinha (PCdoB). A
cadeira de Wellington Dias deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri
(Solidariedade). Os suplentes de Renan Filho são Fernando Farias (MDB) e Adélia
Maria (PV).
As
atividades para eleição da mesa diretora do Senado terão início às 15h, com a
primeira reunião preparatória em que os senadores a serem empossados prestam
compromisso regimental, sem discurso. De acordo com o secretário-geral da mesa
do Senado, Gustavo Saboia, a previsão é que a votação seja presencial.
Depois da
posse, por volta de 16h, começa a segunda reunião preparatória destinada à
eleição do presidente do Senado. O mandato do presidente, que também responde
pela Presidência do Congresso Nacional, é de dois anos.
Os
candidatos ao cargo defendem suas propostas na tribuna e logo depois é
realizada a votação secreta, com uso de cédula. Os senadores são chamados a
votar de acordo com a ordem de criação dos estados, assim como ocorre na posse
dos parlamentares.
Até o
momento, dois candidatos disputam oficialmente o cargo: o atual presidente,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Rogério Marinho (PL-RN). Será eleito quem obtiver a
maioria absoluta dos votos, ou seja, 41. Se nenhum candidato receber esse
apoio, o que nunca ocorreu, os dois mais votados vão para um segundo turno.
Concluída a
votação, é iniciada a terceira reunião preparatória, para a eleição dos demais
cargos da mesa – primeiro e segundo vices-presidentes e quatro secretários, com
respectivos suplentes.
Segurança
Neste ano, a
retomada dos trabalhos legislativos contará com reforço na segurança em razão
dos atos de vandalismo – no dia 8 de janeiro – que causaram um prejuízo
material para o Congresso Nacional calculado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões,
conforme estimativa do Senado.
A Esplanada
dos Ministérios terá o trânsito de veículos interrompido. Somente servidores,
autoridades e convidados poderão acessar o espaço, com controle de credenciais
feito por servidores dos órgãos responsáveis. Equipes de atendimento de
emergência e combate a incêndios atuarão no local e haverá reforço nos efetivos
das delegacias policiais.
A região da
Esplanada será monitorada pelas forças de segurança do Distrito Federal por
meio de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado
de Operações de Brasília (Ciob).
Segundo a
Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), será proibido
acessar a área portando armas brancas ou objetos pontiagudos, garrafas de vidro
e latas, hastes de bandeiras, espetos de churrasquinhos, apontador a laser e
similares, armas de brinquedo, réplicas ou simulacros, barracas, tendas, fogões
e similares, fogos de artifício e artefatos explosivos, dispositivos de choque
elétrico ou sonoros (como megafone), substâncias inflamáveis, drogas ilícitas
ou quaisquer outros materiais que coloquem em risco a segurança das pessoas e
do patrimônio. Não será permitido acessar a área com animais, exceto cães-guia.
Também será
proibida a utilização de drones na região da Esplanada, exceto os das forças de
segurança e autorizados. As ações de policiamento incluem reforço da segurança
nas estações do Metrô-DF, Rodoviária e Aeroporto Internacional de Brasília e
efetivo aumentando nas delegacias.
Retomada
das atividades
Na quinta-feira
(2), às 15h, haverá a sessão solene de abertura do ano legislativo. A
solenidade é marcada pela leitura de mensagem do presidente da República, com
as perspectivas para Câmara e Senado em relação à tramitação de propostas
consideradas prioritárias pelo Poder Executivo.
A mensagem é
levada ao Congresso pelo ministro-chefe da Casa Civil ou pessoalmente pelo
próprio presidente da República. Na ocasião, também serão lidas mensagens dos
Poderes Judiciário, levada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e
do Legislativo, lida pelo presidente da mesa do Congresso. Pode haver ainda
mensagem do presidente da Câmara dos Deputados.
*Com
informações das agências Câmara e Senado
Edição:
Kleber Sampaio