Contas públicas têm superávit de R$ 1,2 bilhão em março
Contas públicas têm superávit de R$ 1,2 bilhão em março
Em 12 meses, o setor público acumula déficit de R$ 252,9 bilhões.
Publicado por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - São Luís
O setor
público consolidado fechou o mês de março com um superávit de R$ 1,2 bilhão,
informou nesta segunda-feira (6) o Banco Central (BC). No mesmo mês do ano
passado, as contas públicas registraram um déficit de R$ 14,2 bilhões. Em 12
meses, o setor público consolidado, que engloba governo federal, os estados,
municípios e as empresas estatais, acumula déficit de R$ 252,9 bilhões, o
equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços
produzidos no país) e 0,15 ponto percentual (p.p) inferior ao déficit acumulado
até fevereiro.
Segundo o
BC, o Governo Central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o
Banco Central, registrou um déficit de R$ 1,9 bilhão e as empresas estatais um
déficit de R$ 343 milhões. Já os governos regionais registraram superávit de R$
3,4 bilhões.
Em março, os
juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por
competência, somaram R$ 64,2 bilhões em março, ante os R$ 65,3 bilhões
registrados em março de 2023.
No acumulado
em 12 meses, até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7
bilhões, ficando em 6,76% do PIB, comparativamente a R$ 693,6 bilhões (6,71% do
PIB) nos 12 meses até março de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.015,1 bilhão (9,24% do PIB) em fevereiro deste ano.
O BC
informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou o mês de
março em 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões), um aumento de 0,2 p.p do PIB no mês.
“Esse
resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados [aumento de 0,6
p.p.], do efeito do ajuste de paridade da dívida externa líquida [redução de
0,1 p.p.], e da variação do PIB nominal [redução de 0,2 p.p.]”, disse o BC.
No ano, a
DLSP também cresceu 0,2 p.p. do PIB, em função dos impactos dos juros nominais
que registraram um aumento de 1,9 p.p do superávit primário acumulado, que teve
redução de 0,5 p.p do efeito do crescimento do PIB nominal, que apresentou
redução de 0,9 p.p e do efeito da desvalorização cambial de 3,2% acumulada no
ano, com uma redução de 0,4 p.p.
Já a Dívida
Bruta do Governo Central (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e
governos estaduais e municipais, atingiu, em março, 75,7% do PIB, ficando em R$
8,3 trilhões. O resultado representa um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB
em relação ao mês anterior.
Essa
evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de
0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.), e da variação do
PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, o aumento de 1,3 p.p. do PIB decorre
principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), da
emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 p.p.), e do crescimento do PIB
nominal (redução de 1,2 p.p.).
Edição:
Fernando Fraga