Cooperados da coleta de reciclagem de Dracena realizam manifesto sobre reivindicação da reforma do antigo barracão

Cooperados da coleta de reciclagem de Dracena realizam manifesto sobre reivindicação da reforma do antigo barracão

O ato de forma pacífica contou com cerca de 40 trabalhadores da Cotrares e ocorreu na manhã desta quinta-feira, (27), em frente à Prefeitura de Dracena

Por Carlos Volpi

Na manhã desta quinta-feira, (27), cerca de 40 cooperados da Cooperativa de Trabalho e Reciclagem de Resíduos Sólidos (Cotrates) de Dracena, se reuniram em frente à Prefeitura de Dracena para fazerem uma manifestação de reivindicação da reforma do antigo barracão que foi incendiado há um ano e meio atrás.

Segurando cartazes com os dizeres: “Queremos soluções para o convênio”, “Mais atitude e menos desculpa prefeito”, além do panelaço, os cooperadores entoavam cantos de reivindicações.

A Polícia Militar acompanhou de perto as manifestações e segundo a corporação, cerca de 40 pessoas participaram do ato.

A manifestação ocoreu de forma pacífica em frente a prefeitura de Dracena - Foto - Carlos Volpi

 

Segundo a presidente da Cotrares, Franciele Costa Lima, a manifestação teve por objetivo a reivindicação da “perda da nossa reforma”, se remetendo ao valor de um recurso de indenização proveniente da CESP através de um convênio com o Ministério Público, sendo destinada para a Prefeitura de Dracena.

Franciele disse ainda que a prefeitura perdeu o prazo de protocolo do projeto de reforma do barracão da cooperativa junto a Caixa Econômica Federal. “Perderam o prazo que era até o dia 5 de outubro. Tivemos várias reuniões e só foram promessas e promessas, ou seja, o prefeito mentiu para nós.”

O valor do recurso pela Caixa Ecônomica Federal está em mais de R$ 800 mil, porém, segundo o advogado da Cotrares, Tiago Aparecido Martins Taro, a prefeitura acabou fazendo um projeto de reforma da antiga sede acima do saldo disponível, tendo a necessidade de injetar em torno de R$ 400 mil reais a mais.

Ainda conforme o advogado da Cotrares, para a prefeitura ficou inviável acrescentar mais um montante para a reforma da sede da cooperativa.

Mesmo com essa situação, a presidente da Cotrares garantiu que as coletas dos materiais recicláveis continuarão na cidade.

Atualmente, a Cotrares está no barracão fornecido pelo Sindicato Rural no Recinto de Exposições da Fapidra. A cooperativa emprega mais de 40 pessoas que depende dos materiais separados pela população. Hoje um cooperado ganha um pouco mais de R$ 1,3 mil por mês.

 

Outro lado

O Portal Alta Paulista Já entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Dracena para saber se o prefeito, André Lemos, ou algum outro representante, poderia conceder uma entrevista para falar sobre as reivindicações dos cooperados, porém, foi enviada uma nota.

Segue a nota enviada na íntegra: “O prefeito André Lemos, de Dracena esclarece que o grupo da COTRARES pode retomar as atividades no barracão a qualquer momento. Não há proibição deles retornarem ao local.

O prefeito ainda sugeriu ao grupo que fosse formada uma comissão de cinco pessoas, para serem atendidas no gabinete municipal agora cedo ou que se reuniria com eles na segunda-feira que vem, dia, 31/10, às 9h, na Sala do Cidadão no Paço Municipal, dai com a participação de todo grupo, porém a COTRARES recusou os dois convites feitos pelo Executivo.”

 

Incêndio criminoso

No dia 25 de março de 2021, O Corpo de Bombeiros trabalhou para apagar um incêndio na Cooperativa de Trabalho e Reciclagem de Resíduos Sólidos (Cotrares), em Dracena, localizada na estrada vicinal João Araújo.

Na época, a corporação havia informado que foi acionada por volta das 3h55 e no momento em que as equipes chegaram no local, os dois barracões já estavam consumidos pelas chamas e a estrutura metálica estava retorcida.

Conforme os bombeiros na época, nesses dois barracões ficavam os maquinários usados pelos cooperados. Como ainda havia muito material em combustão, a corporação informou que o fogo continuo ao longo do dia.

A Cotrares afirmou que na época contava com 47 trabalhadores e que o prejuízo inicial estimado era entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, já que os maquinários foram queimados, entre eles quatro prensas.

Durante as investigações da Polícia Civil, um homem, de 37 anos, foi indiciado por ter sido suspeito de atear fogo na sede da cooperativa.

Durante as investigações, após a análise das imagens do sistema de segurança do local, os policiais constataram indícios de que o incêndio foi criminoso.

“As testemunhas ouvidas durante a tramitação do inquérito policial, em sua grande maioria, foram incisivas em afirmar que o suspeito havia ameaçado colocar fogo no local, em razão de uma discussão anterior, sobre pequenos furtos que o suspeito costumava realizar na cooperativa”, salientou a polícia.

Ainda a polícia na época, o homem já estava preso por ter praticado outros tipos de crimes.

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