Coreia do Norte diz que exercícios dos EUA e Coreia do Sul levam tensão à ‘beira de uma guerra nuclear’

Coreia do Norte diz que exercícios dos EUA e Coreia do Sul levam tensão à 'beira de uma guerra nuclear'

A Coreia do Norte vem intensificando sua atividade militar nas últimas semanas, prometendo produzir mais material nuclear para armas.




Por Hyonhee Shin, Reuters 05/04/2023 20h54 - Atualizado há 12 horas

A Coreia do Norte acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de aumentarem a tensão à beira de uma guerra nuclear com os exercícios militares conjuntos envolvendo ativos estratégicos americanos, prometendo responder com “ação ofensiva”, afirmou o veículo estatal KCNA.

A KCNA divulgou um comentário de Choe Ju Hyon, a quem chamou de analista de segurança internacional, criticando os exercícios como “um gatilho para levar a situação na península coreana a ponto de explosão”.

“A imprudente histeria de confronto militar dos EUA e seus seguidores contra a RPDC está levando a situação na península coreana a uma catástrofe irreversível… à beira de uma guerra nuclear”, disse o artigo que usou a sigla do nome oficial da Coreia do Norte, a República Popular Democrática da Coreia.

“Agora a comunidade internacional espera unanimemente que as nuvens negras de uma guerra nuclear pairando sobre a península coreana sejam removidas o mais cedo possível”, acrescentou.

As forças dos EUA e da Coreia do Sul têm realizado uma série de exercícios anuais desde março, incluindo exercícios aéreos e marítimos envolvendo um porta-aviões dos EUA e bombardeiros B-1B e B-52, e seus primeiros exercícios de pouso anfíbio em grande escala em cinco anos.

A Coreia do Norte reagiu furiosamente aos exercícios, chamando-os de ensaio para a invasão.

A Coreia do Norte vem intensificando sua atividade militar nas últimas semanas, revelando novas ogivas nucleares menores, prometendo produzir mais material nuclear para armas e testando o que chamou de drone de ataque subaquático com capacidade nuclear.

No mês passado, o governo norte-coreano testou um míssil balístico intercontinental capaz de atingir qualquer lugar nos EUA, chamando-o de uma resposta aos exercícios. 

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