Cotação do ouro bate recorde e supera US$ 2.260
Cotação do ouro bate recorde e supera US$ 2.260
Metal registra um interesse renovado este ano, enquanto o mercado aguarda um corte de juros por parte do Fed. Na semana passada, a inflação nos Estados Unidos registrou leve alta em fevereiro.
Por France Presse
A cotação do
ouro rompeu nesta segunda-feira um novo recorde histórico e superou 2.265
dólares (11.350 reais) por onça (28,35 gramas) em um contexto em que os
investidores antecipam um corte nas taxas de juros por parte do Federal Reserve
(Fed, banco central dos Estados Unidos).
O ouro
atingiu a marca US$ 2.265,73, segundo a Bloomberg News, superando o recorde
anterior registrado há poucos dias.
O metal
registra um interesse renovado este ano, enquanto o mercado aguarda um corte de
juros por parte do Fed. Na semana passada, a inflação nos Estados Unidos
registrou leve alta em fevereiro, devido ao aumento dos combustíveis e
alimentos.
Segundo o
índice PCE divulgado pelo Departamento de Comércio, o preferido do Federal
Reserve (Fed, o banco central americano), os preços ao consumidor aumentaram
2,5% em fevereiro em 12 meses, contra 2,4% em janeiro. Porém, na estimativa
mensal, desaceleraram em fevereiro em comparação com janeiro: 0,3% contra 0,4%.
Esses indicadores estavam em linha com as expectativas do mercado e os analistas, que previram os números com precisão, segundo o consenso recolhido pela empresa especializada MarketWatch. Por outro lado, a chamada inflação básica, que exclui os preços de alimentos e energia, está caindo tanto no registro mensal quanto em 12 meses.
Em
fevereiro, o índice PCE subjacente caiu para 0,3%, enquanto em janeiro foi de
0,5%. Já na estimativa anual, caiu para 2,8%, contra 2,9% do mês anterior. O
Fed, contudo, quer a inflação diminua para 2%, uma meta de longo prazo que
prevê alcançar em 2026.
Os dados
recentes levaram alguns funcionários do Fed a questionarem a decisão recente
das autoridades de realizar este ano três cortes das taxas básicas de juros.
“Na minha opinião, é apropriado reduzir o número total de reduções dos
juros ou adiá-las mais no futuro”, disse o governador do Fed Christopher
Waller, em uma conferência na quarta-feira em Nova York.
Os
operadores do mercado futuro acreditam atualmente em uma probabilidade
levemente inferior a 65% de que o Fed comece estas reduções em meados de junho,
segundo pesquisas do CME Group.
Os preços
também foram afetados pelo temor de uma escalada no conflito entre Israel e o
Hamas, assim como pela guerra na Ucrânia.