CPI dos Atos Golpistas adia depoimento de Mauro Cid para a próxima semana
CPI dos Atos Golpistas adia depoimento de Mauro Cid para a próxima semana
Depoimento de ex-ajudante de Jair Bolsonaro estava previsto para esta terça (4). Para adiar comparecimento, presidente da CPI alegou semana 'intensa' na Câmara, que deve ter votações do marco fiscal e da reforma tributária.
Por g1 — Brasília 03/07/2023 09h34 - Atualizado há 4 horas
A CPI dos
Atos Golpistas adiou para a próxima semana o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante
de ordens de Jair Bolsonaro.
O depoimento
do tenente-coronel do Exército estava inicialmente previsto para esta
terça-feira (4). Com o adiamento, ocorrerá no dia 11 de julho. No dia 13, está
prevista uma reunião par análise de requerimentos apresentados pelos
integrantes do colegiado.
Em
comunicado divulgado nesta segunda-feira (3), o presidente da CPI, Arthur Maia
(União Brasil-BA), afirmou que decidiu adiar as sessões do colegiado em razão
da “intensa” agenda da Câmara dos Deputados (leia a íntegra da nota
da Arthur Maia abaixo).
Nesta
semana, a Casa deve votar o novo marco fiscal e a reforma tributária. A
previsão é que a Câmara tenha sessões a partir desta segunda-feira até a
próxima sexta-feira (7).
Cid pediu para não comparecer
Convocado pela CPI dos Atos Golpistas, o tenente-coronel Mauro Cid pediu ao Supremo Tribunal Federal para não ser obrigado a comparecer à comissão.
Em resposta
ao pedido, a ministra Cármen Lúcia determinou que o militar se apresente à CPI,
mas o autorizou a ficar em silêncio.
O depoimento
de Cid é muito aguardado, principalmente, pelos parlamentares governistas. O
militar era um braço-direito de Jair Bolsonaro, e está preso desde o dia 3 de
maio, após uma operação da PF que apura fraudes em cartões de vacinação.
O celular do
militar foi apreendido, e, no aparelho, policiais encontraram trocas de
mensagens com teor golpista entre Cid e o coronel Jean Lawand Junior.
Em algumas
das mensagens, Lawand diz a Mauro Cid que Bolsonaro não poderia “recuar”
após a derrota nas eleições de 2022, e que o ex-presidente precisava “dar
a ordem” para as Forças Armadas colocarem em prática uma estratégia para
evitar a posse de Lula na Presidência da República.
A defesa de
Mauro Cid já pediu ao STF a soltura do militar. Entretanto, a solicitação foi
negada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Nota
Leia a
íntegra do comunicado de Arthur Maia, divulgado nesta segunda-feira:
Comunicado
Considerando
a intensa agenda da Câmara dos Deputados desta semana, com sessões
deliberativas a serem realizadas todos os dias, com a suspensão da atividade de
suas comissões e com a apreciação de matérias relevantes, para além das sessões
aguardadas no Senado Federal, na forma do art. 151 do Regimento Comum do
Congresso Nacional, c/c art. 107, §2º, do Regimento Interno do Senado Federal
(disposição análoga no art. 46, §1º, do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados), que impede o funcionamento da CPMI concomitante ao plenário,
decidiu-se pelo adiamento das reuniões desta Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito originalmente agendadas nesta semana.
Nesse
sentido, informo que as reuniões previstas para esta semana (oitiva de Mauro
Cid e reunião deliberativa) serão realizadas, respectivamente, na terça e na
quinta-feira da semana seguinte, ou seja, nos dias 11 e 13 de julho, às 9
horas.
Arthur
Oliveira Maia
Deputado
Federal (União/BA)