Criação de empregos formais desacelera pelo segundo ano seguido e soma 1,48 milhão em 2023

Criação de empregos formais desacelera pelo segundo ano seguido e soma 1,48 milhão em 2023

Números do Caged foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, nesta terça-feira (30). Na comparação com 2022, houve queda de 26,3% na criação de postos de trabalho com carteira assinada.

Por Alexandro Martello, Lais Carregosa, g1 — Brasília

A economia brasileira gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, informou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho.

Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas:

 

– 23,257 milhões de contratações;

– 21,774 milhões de demissões.

 

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números representam uma queda de 26,3% em relação ao ano de 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de postos de trabalho.

 

Criação de empregos formais

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.

Os números oficiais mostram que, somente em dezembro do ano passado, as demissões superaram as contratações em 430.159 vagas formais. Normalmente há demissões no último mês de cada ano.

Ao final de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,92 milhões de empregos com carteira assinada.

Os números do Caged de 2023 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia.

 

Empregos por setor

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no ano passado. 

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.026,33 em dezembro do ano passado, o que representa redução em relação a novembro (R$ 2.032,85).

Na comparação com dezembro de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.986,15.

 

Caged x Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, e não incluem os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre móvel terminado em novembro. Foi a menor desde fevereiro de 2015.

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