Desemprego atinge em abril menor patamar em oito anos
Desemprego atinge em abril menor patamar em oito anos
Taxa de desocupação chegou a 8% no mês.
Publicado em 28/06/2023 - 12:36 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A taxa de
desocupação, que mantinha relativa estabilidade em torno de 8,5%, voltou a
recuar com mais força no último bimestre, atingindo em abril o patamar de 8% na
série dessazonalizada, menor nível em oito anos.
Os dados
foram calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir
da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
melhora de algumas variáveis ligadas aos rendimentos, subocupação e desalento
confirmam esse cenário mais otimista para o mercado de trabalho.
Em abril, na
comparação com o mês anterior, a população ocupada apresentou a quarta expansão
consecutiva, com aproximadamente 99,2 milhões de pessoas. “Adicionalmente,
enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no
último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou
retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”, diz o Ipea.
Segundo a análise, o recorte setorial mostra que o crescimento da ocupação tem ocorrido de forma generalizada, mas com diferente intensidade. Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, todos os setores tiveram criação de empregos, com destaque para o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil). Em abril, o contingente de 107,9 milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho era 0,8% menor que o observado no mesmo período do ano anterior.
De acordo
com o estudo, nos últimos 12 meses a população desalentada registrou queda de
15,8%. Os números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano passado, para 3,5
milhões em abril deste ano. Além da queda do número de desalentados, foi
observada retração da parcela de indivíduos que estão fora da força de trabalho
devido ao estudo, às obrigações domésticas, a problemas de saúde, entre outros
motivos, que não desejam retornar à atividade, mesmo diante de uma proposta de
emprego.
“Uma
possível explicação é a melhora do mercado de trabalho que pode estar gerando
uma necessidade menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento
domiciliares, possibilitando que demais membros da residência possam se dedicar
exclusivamente a outras atividades”, diz o Ipea.
Edição:
Fernando Fraga