Desemprego recua para 8,3% no trimestre encerrado em maio, diz IBGE
Desemprego recua para 8,3% no trimestre encerrado em maio, diz IBGE
Índice registra mesmo nível de maio de 2015.
Publicado em 30/06/2023 - 10:27 Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A taxa de
desocupação ficou em 8,3% no trimestre encerrado em maio, com recuo de 0,3
ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a
fevereiro de 2023. É a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde
2015, quando também ficou em 8,3%. Em comparação com o mesmo período de 2022, a
taxa de desocupação caiu 1,5 p.p.
Os dados são
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),
divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
“Esse recuo
no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando
trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no
mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, disse, em
nota, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
A população
desocupada ficou em 8,9 milhões de pessoas, queda de 3% em relação ao trimestre
anterior e de -15,9% se comparado ao mesmo período de 2022. O número de pessoas
ocupadas, de 98,4 milhões, ficou estável na comparação trimestral e cresceu
0,9% no ano.
“Embora não tenha havido uma expansão significativa da população ocupada total no trimestre, houve algumas diferenças pontuais em algumas atividades econômicas. A maioria ficou estável, mas foi observada queda do número de trabalhadores na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, ou menos 158 mil pessoas) e expansão em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 429 mil pessoas)”, afirmou Adriana.
“No caso do
grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde
humana e serviços sociais, o crescimento foi impulsionado pelo segmento de
educação e por meio da inserção de empregados sem carteira de trabalho assinada”,
acrescentou a coordenadora.
Segundo o
IBGE, no panorama anual, houve altas no setor de transporte, armazenagem e
correio (4,2%, ou mais 216 mil pessoas), informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,8%, ou mais 440
mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação,
saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 764 mil pessoas) e reduções
redução nos grupamentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura (-6,2%, ou menos 542 mil pessoas) e Construção (-3,7%, ou menos 274
mil pessoas).
Matéria
alterada para correção no título, às 11h10. O desemprego recuou PARA 8,3% e não
8,3%, como publicado inicialmente.
Edição:
Valéria Aguiar