Desenrola Brasil: bancos já renegociaram mais de R$ 8 bilhões em dívidas, diz Febraban
Desenrola Brasil: bancos já renegociaram mais de R$ 8 bilhões em dívidas, diz Febraban
Entre os dias 17 de julho e 11 de agosto, foram negociados mais de 1,2 milhão de contratos, em dívidas que somam R$ 8,1 bilhões.
Por Isabela Bolzani, g1
Os bancos já
renegociaram 1,296 milhão de contratos em quatro semanas, desde o início do
programa Desenrola Brasil, em 17 de julho, informou a Federação Brasileira de
Bancos (Febraban) nesta quarta-feira (16).
Segundo a
federação, foram R$ 8,1 bilhões negociados exclusivamente pela Faixa 2 — que
foca em resolver as dívidas de pessoas físicas com débitos negativados até 31
de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil.
No total,
foram beneficiados cerca de 985 mil clientes. A adesão ao programa irá até 31
de dezembro deste ano.
O programa
“Desenrola Brasil’ é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Ele foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas
de pessoas físicas. A ideia central é tirar pessoas da lista de negativados e
retomar o potencial de consumo da população.
Ainda de acordo com a federação, as instituições financeiras limparam o nome de cerca de 5 milhões de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 — uma contrapartida à participação dos bancos no programa.
Isso
significa que, se o devedor não tinha outros débitos pendentes, ficou com o
“nome limpo” nos sistemas de proteção ao crédito.
Inicialmente,
o Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser
contempladas por essa medida, mas a meta foi ultrapassada logo na primeira
semana do Desenrola.
Vale
lembrar, no entanto, que a desnegativação não significa um perdão. O débito
seguirá existindo, mas os bancos se comprometem a não incluir os devedores no
cadastro negativo.
“Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade. A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, avalia o presidente da Febraban, Isaac Sidney.